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Por Coluna
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Temer tira o sofá da sala

Temer mascara a realidade com o envio de tropas militares ao Rio de Janeiro

Por Mirian Guaraciaba
Atualizado em 13 mar 2018, 18h08 - Publicado em 20 fev 2018, 16h00

De tão óbvia e quase simplista, a saída anunciada por Temer impressiona. Temer mascara a realidade com o envio de tropas militares ao Rio de Janeiro. Vamos fingir uma paz aparente, por algumas semanas, talvez meses, para abafar a onda de violência que assola a cidade maravilhosa. E depois?

É bom que se diga, o Rio de Janeiro não lidera ranking algum entre as cidades mais violentas do Brasil. Parece mentira, pelo que ouvimos e vemos na TV. Não é. O Rio está em evidência, como sempre esteve. Cartão postal do Brasil. A violência cresceu no Rio. Não se defende tese contrária. Mas o Estado mais violento do país é Alagoas. E a capital é Fortaleza.

Não se vê na imprensa, com a mesma freqüência, cenas identicas ocorridas em outras cidades. Acontece que o Rio retumba, é noticia no mundo. E, vamos combinar, ainda tem o azar de contar com um prefeito mequetrefe, dissimulado. Crivella fugiu para a Europa enquanto a cidade literalmente pegava fogo. Ou afundava nas águas de chuvas previsíveis para essa época do ano.

Temer entrou no jogo. Lance temeroso. Claro que sabe que não há mágica para contornar os graves problemas que enfrentamos no Rio, e, de resto, em todo o país. E não é essa exatamente sua preocupação. Há uma eleição a vista, e políticos tratam de impressionar eleitores.

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Temer aprendeu rápido a tratar a questão da seguranca pública. Para falar sobre a intervenção federal, recebeu lições de Eusinho Mouco, seu marqueteiro, e do cientista político Antonio Lavareda. Eles deram as coordenadas a Temer, em reunião no Palácio do Jaburu, domingo a noite. Agora, é aguardar o governo “informar”, sob a ótica da propaganda política, o que os cariocas podem esperar da intervenção federal decretada na sexta-feira.

O temor é grande. Há pesquisas indicando que um candidato de extrema direita cresce no Rio sob intervenção federal. Deus nos livre. Mas é bom prestarmos atenção. Há fundamento no medo. Steven Levitsky, professor em Harvard, especialista em America Latina, alerta que a situação política brasileira ameaça nossa democracia. Em seu livro, que já figura entre os mais vendidos nos Estados Unidos, “How democracies die”, Levitsky fala especialmente do Brasil e dos EUA. Nos resta torcer para que a história não confirme os receios do professor americano.

Mirian Guaraciaba é jornalista, paulista, brasiliense de coração, apaixonada pelo Rio de Janeiro 

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