Há mais coisas por trás da nota do general Villas Bôas, Comandante do Exército, do que apenas o desejo de pôr pressão sobre o Supremo Tribunal Federal que hoje julgará o pedido de habeas corpus de Lula.
O presidente Michel Temer tem um plano: nomear o general Ségio Etchegoyen, atual Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da presidência, para o lugar de Villas Bôas.
E para a vaga de ministro da Defesa aberta desde que Raul Jungmann foi promovido a ministro da Segurança Pública, nomear o gaúcho Denis Lerrer Rosenfield, professor de filosofia, escritor e polemista.
Villas Bôas não quer deixar o cargo por enquanto, apesar da doença degenerativa que o consome. E prefere que na Defesa seja efetivado o atual ministro interino, o general da reserva Joaquim Silva e Luna.
Foi grande a adesão de oficiais de alta patente à nota postada por Villas Bôas em sua conta de twitter. É improvável que ele saia do Comando do Exército se não quiser sair.
As ambições de Temer são maiores do que pode sugerir sua aparência modesta.