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Por Coluna
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Sensação Térmica

Política e economia tem a capacidade de gerar "sensações térmicas” que não representam, necessariamente, a realidade da temperatura política nem econômica.

Por Murillo de Aragão
Atualizado em 8 fev 2018, 15h00 - Publicado em 8 fev 2018, 15h00

Caminhando pelas ruas de Nova York, a temperatura indica que está 1º grau. Mas o frio é muito maior. Pois o que sentimos é a temperatura provocada pela sensação térmica.

Durante anos tenho associado o fenômeno à análise política. Em especial, no que se refere ao noticiário e, também, à economia.

Política e economia tem a capacidade de gerar “sensações térmicas” que não representam, necessariamente, a realidade da temperatura política nem econômica.

O noticiário, quando não imparcial e preciso, tenta causar “sensações” negativas ou positivas. A economia também projeta sensações térmicas que podem ser diferentes da realidade.

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Quando a sensação econômica é boa ninguém liga muito que os fundamentos não sejam os mais sólidos. Outras vezes, os fundamentos econômicos melhoram mas a sensação não acompanha a realidade.

De certa forma, a boa situação econômica do governo Barack Obama não conseguiu alavancar a candidatura de Hillary Clinton. No caso norte-americano, a mistura das narrativas econômica e política travou a candidatura governista.

No Brasil, em 2014, vivemos outra situação. A economia naufragava mas a sensação térmica não era tão ruim a ponto de inviabilizar a reeleição de Dilma Rousseff. O governo dizia que ia tudo bem. O candidato de oposição, Aécio Neves, dizia que a tragédia se aproximava. No final das contas, Aécio tinha razão. Até mesmo pelo simples fato de que os economistas dele eram bem melhores do que os do outro lado.

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Em anos eleitorais, a sensação térmica projetada pela economia é fator vital para as chances dos candidatos. Uma sensação de melhora da economia pode ter efeito decisivo nas chances de um candidato da esfera governista.

Foi o que aconteceu com o Plano Real. Mais do que o sucesso na estabilização, a sensação de controle dos preços trouxe bem estar e confiança. O ambiente positivo impulsionou a candidatura de FHC.

Em 2018, a economia poderá eleger um candidato governista? É difícil responder já que a sensação térmica ainda não é tão evidentemente boa. No entanto, esta semana a taxa de juros caiu para 6,75%. A menor de nossa história do Comitê de Política Monetária do Banco Central. Os reflexos da sequência de boas novas podem colocar a economia como vetor decisivo para o eleitorado em outubro e causar surpresas.

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Murillo de Aragão é cientista político 

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