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Rodrigo Maia em NY: costeando o alambrado na cidade de Blaiso

Buracos na armadura do governo

Por Vitor Hugo Soares
Atualizado em 30 jul 2020, 19h43 - Publicado em 18 Maio 2019, 13h00

No conturbado espaço de encontros e desencontros, deste tempo de arrepiar na vida do País, dois personagens de relevância política e institucional se destacaram – Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia – nesta semana de maio marcada pela volta do movimento estudantil às ruas, de ponta a ponta do Brasil. Em evidente desalinho e com palavras e atitudes merecedoras de atenção – e alguma preocupação – os dois mexeram em peças estratégicas do complicado jogo de poder em andamento, cada um ao seu modo e estilo, mas ambos perigosamente explosivos.

Enquanto o presidente de República viajava, dia 14, ao sul dos Estados Unidos, na rota do Texas, para receber em Dallas, dia 16, o prêmio de Personalidade do Ano 2019, da Câmara de Comércio Brasil-EUA, o presidente da Câmara dos Deputados costeava o alambrado (permita aí, Brizola!) em Nova York. E fazia buracos na armadura do governo, em entrevistas e palestra, na costa leste americana, onde a presença do chefe da nação brasileira foi recusada com ofensas pesadas, partidas do arrogante e falastrão prefeito Bill de Blaiso.

Na política e no poder, diz o velho ensinamento popular, espaço vazio é espaço ocupado. E Maia não perdeu tempo em sua passagem por NY. À jornalistas, ele afirmou que a falta de clareza política de Bolsonaro é a principal causa das dificuldades para a aprovação da reforma da Previdência. Em palestra para empresários e potenciais investidores no Brasil, o parlamentar do DEM, partido com presenças de peso no primeiro escalão do governo, entre as quais a do chefe da Casa Civil, Onix Lorenzoni, foi mais direto e desconcertante, ao dizer que ainda não compreende, olhando à longo prazo,  “quais são as políticas que esse governo traz para sobrepor aos 13 anos de governo do PT, que trouxe uma agenda que foi muito criticada pelo DEM”.

E puxou a pistola, no arremate surpreendente: “não é o DEM que está no governo, mas a direita mais extrema é que governa, e até agora a gente não entendeu qual é esta agenda”. Na Bahia, ACM Neto, prefeito de Salvador e presidente nacional do Democratas, em seguida mostrou que estava atento, e solidário aos movimentes do correligionário chefe da Câmara, na Ilha de Manhattan. Postou no Twitter, à moda atual, de resolver praticamente tudo – incluindo recados e indiretas. Via digital Neto mandou: “Apesar do cancelamento por parte do governo federal, a Prefeitura de Salvador tem todo interesse em trazer para a nossa cidade a Convenção da ONU, sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), que estava marcada para os dias 19 a 23 de agosto”.

Para os desentendidos, quinta-feira (15), a Tribuna da Bahia informou, com chamada de primeira página, que o prefeito do DEM mostra-se decidido a desafiar o governo federal, e já começou negociações, através de canais internacionais credenciados, para manter, na capital baiana, o evento da ONU, na data prevista antes da proibição. Precisa desenhar?

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Irônico viajante francês, de passagem pelas calçadas do Brooklyn, em NY, pelo Farol da Barra, em Salvador, ou por algum histórico palacete de Dallas, no Texas , nestes efervescentes dias de maio, seguramente diria: “Amaldiçoado seja aquele que pensar mal destas coisas”. O tucano João Dória, também em Nova York (depoia ao lado de Bolsonaro no Texas), tentou jogar panos quentes sobre o novo incêndio que começa a se formar. Mas há dúvidas sobre intenção e resultado.

 

Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. E-mail: vitors.h@uol.com.br

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