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Rio–Bahia: abalos sísmicos, políticos (e Crivella) (por Vitor Hugo Soares)

Enfezado começo de setembro

Por Vitor Hugo Soares
Atualizado em 18 nov 2020, 19h59 - Publicado em 5 set 2020, 11h00

Agosto do ano da pandemia sumiu na fumaça, dando espaço para setembro chegar, na Bahia, acompanhado de abalos sísmicos de quase 5 graus de intensidade, algo jamais anotado “no país sem terremotos”. Do epicentro em Mutuípe, no sossegado Vale do Jiquiriçá, ao Recôncavo baiano e até Salvador, somados a tremores políticos e institucionais de estragos em expansão, e ainda impossíveis de avaliar em todos os estragos e consequências, principalmente no Rio de Janeiro do afastado governador Wilson Witzel, por indícios de práticas de desvio e malfeitos na saúde. Enquanto isso, o prefeito Marcelo Crivella toca o terror e ameaça liberdades democráticas e de livre expressão, ao leme torto de sua barca de insensatos e bem remunerados espertalhões.< /b>

Vários deles já identificados, – graças a ágil e exemplar trabalho de investigação jornalística – e apresentados ao julgamento moral da sociedade carioca, fluminense, brasileira e de boa parte do mundo, que se revela surpreendida e indignada com a ousadia dos marginais em ação, mostrados na TV. Alguns dos denominados “Guardiões do Crivella”, à soldo com dinheiro público, sacado “do butim” da dita falida prefeitura a: capiaus, arrivistas e paus mandados, encarregados de perturbar cidadãos e fazer grosseiras provocações a profissionais de imprensa, no exercício de seu trabalho, na frente das casas de saúde. Impedindo jornalistas de mostrar fatos e informar sobre mazelas e irregularidades administrativas em tempo de Covid-19. Uma vergon ha inter nacional exposta a céu aberto. E tem mais, muito mais, para quem acha pouco tudo isso:

Em Brasília, o ministro Dias Toffolli arruma as malas e faz os derradeiros movimentos na presidência do Supremo Tribunal Federal, antes de encerrar, dia 15, sua tão polêmica quanto desastrada e opaca passagem pelo comando da corte maior da justiça do Brasil. E será a vez do ministro Luís Fucs – bom aluno da escola de Joaquim Barbosa, no tempo do Mensalão, – comandar o STF. A conferir.

No Palácio do Planalto, enquanto “o circo pegava fogo”, o presidente Jair Bolsonaro ria e fazia piadas, das desgraças dos inimigos, com sua claque habitual de velhos adeptos e novos amigos do peito do Centrão. E seguia fazendo ouvido de mercador para a pergunta que o deixa à beira de um ataque de furor: “por que Queiroz depositou R$87.000 na conta de Michelle Bolsonaro, primeira dama do Brasil?”. Até sentir a fisgada da pedra na bexiga, “do tamanho de um caroço de feijão”, que lhe causou forte mal estar e abatimento, no começo da semana, e o levou a procurar atendimento médico de urgência, sendo recomendado submeter-se a uma cirurgia para remover o cálculo.

Para culminar, o procurador federal, Deltan Dallagnol – sob pressão e acossado por quase todos os lados do poder, a começar pelo PGR, Augusto Aras – na terça-feira, alegando graves motivos de saúde em sua família, deixa a chefia jurídica e liderança política da força-tarefa da Lava Jato no Paraná. O país perde, assim, o segundo maior nome referencial do combate a corruptos e corruptores (na política, na administração pública e nos negócios) depois do ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. Precisa desenhar?

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Neste enfezado começo de setembro, de passagem por Brasília, Rio, Curitiba ou Salvador, o irônico viajante francês diria com os seus botões: “Amaldiçoado seja aquele que pensar mal dessas coisas!!!”.

 

Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. E-mail: vitors.h@uol.com.br

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