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Regina Duarte se despede do pior papel da sua carreira

De um emprego que não teve para outro que não existe

Por Ricardo Noblat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 18h55 - Publicado em 21 Maio 2020, 09h00

De namoradinha do Brasil à namoradinha da extrema direita. De viúva de Roque Santeiro, a que foi sem nunca ter sido, à Secretária de Cultura do governo do ex-capitão afastado do Exército por planejar atentados à bomba a contra quartéis. Secretária que, assim como a viúva, foi só de nome. Que triste fim de carreira, a de Regina Duarte.

Sabe-se lá por que aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro contra a opinião dos próprios filhos. Nenhum deles compareceu à sua posse no Palácio do Planalto. Queriam distância do novo chefe da mãe. E por mais que ela tenha explicado seu gesto, não engoliram o fato de vê-la misturada com essa gente triste e má.

Quem sempre viveu sob os holofotes não suporta ficar longe deles. Fazia anos que Regina não era escalada para estrelar uma novela. Até seria capaz de aceitar um papel secundário desde que pudesse voltar a ser reconhecida nas ruas, dar autógrafos e posar para selfies. Seu público envelheceu. Os jovens não sabiam de quem se tratava.

Claro que havia também uma forte identidade dela com Bolsonaro. Pedira votos para ele em comícios na Avenida Paulista. Votara nele não só por que sua vitória impediria o retorno do PT ao poder, mas porque compartilhava suas ideias. Nada mais compreensível, pois, que se oferecesse para ajudá-lo em hora de necessidade.

Entrou mal no governo e saiu pior. Não pôde sequer montar sua própria equipe. Foi sabotada desde o primeiro momento pelos devotos do autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, o guru dos Bolsonaro. Socorreu-se dos ministros militares, mas eles a abandonaram ao concluírem que não poderiam salvá-la.

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A última ponta que fez na novela que durou menos de três meses foi humilhante e mal roteirizada. Em vídeo despedida, perguntou se estava sendo fritada – ele negou com um sorriso de velho canastrão. Ela deu uma piscadinha para a câmera como se duvidasse. E em seguida anunciou que ganhara um prêmio de consolação.

Qual? A de diretora da Cinemateca Brasileira. Vai cuidar de mais de 250 mil rolos de filmes e de um milhão de documentos. Com a vantagem, segundo ela, do novo emprego ser perto de sua casa, em São Paulo. O cargo, por ora, não existe. Há entraves burocráticos que emperram sua criação. E a Cinemateca está sem dinheiro.

Amiga da atriz, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), mais amiga ainda de Bolsonaro, garantiu que Regina não ficará ao desamparo. Pano rápido.

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