Nunca se viu um convidado para qualquer cargo de governo pedir para fazer antes um teste ou reservar-se ao direito de só entrar aos poucos, podendo desistir na última hora. Bem, mas o Brasil também nunca viu um governo como o de Jair Bolsonaro.
Ministros dão como certo que a atriz Regina Duarte aceitará o convite para substituir o filonazista Roberto Alvim na Secretaria de Cultura. Se isso acontecer, o que significa? Até que ela comece a mostrar serviço, apenas que o governo preencheu uma vaga aberta.
Regina terá autonomia para demitir quem Alvim nomeou? Terá autonomia para escolher quem bem quiser para pôr no lugar? Com sua aquisição, Bolsonaro estará disposto a rever sua estreita, marcadamente ideológica política cultural?
Em um Estado democrático, Cultura não se dirige, apoia-se, estimula-se, incentiva-se e respeita-se sua diversidade. É isso o que ele pretende fazer doravante? Já o disse a Regina ou ela já perguntou a respeito?