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Quem acredita no Planalto?

Toma-cá-dá-lá

Por Helena Chagas
Atualizado em 30 jul 2020, 19h47 - Publicado em 25 abr 2019, 12h01

Ok, não é toma-lá-dá-cá porque o presidente Jair Bolsonaro já disse que acabou com isso. Talvez seja então algo diferente, o toma-cá-dá-lá. O ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ofereceu um pagamento extra de R$ 40 milhões em emendas parlamentares até 2022 a cada deputado que votar a favor da reforma da Previdência. Seu problema maior, porém, não é recompor a narrativa espatifada do governo que prometeu acabar com o fisiologismo. É mais sério: pouca gente está acreditando na promessa de Lorenzoni e pode ser que ela não produza o resultado desejado na Previdência.

Por quê? Porque, segundo parlamentares experientes, com vasta quilometragem em negociações com governos, esse que aí está anda com baixíssima credibilidade. Onyx disse que o dinheirinho extra das emendas – muitas delas destinadas a obras necessárias nos municípios – será pago à razão de R$ 10 milhões ao ano, em quatro anos. Mas, indagam, será que vai mesmo? Será que daqui a quatro anos ainda vai haver Onyx? Vai haver governo?

Até agora, os políticos não têm tido muitas razões para acreditar que o governo fará o que diz que vai fazer. Afinal, não cumpre o prometido nem para governadores, como cumprirá com os deputados? Mais de 20 chefes de governos estaduais estiveram nesta terça em Brasília cobrando promessas que ouviram da equipe econômica – como a da apresentação “imediata”, feita há quase um mês, do projeto que cria o programa emergencial de ajuste fiscal dos estados. Até agora nada. E as bancadas passaram o dia ouvindo queixas de governadores desesperados, sem crédito para pagar suas folhas, esperando o ministro Paulo Guedes cumprir o compromisso.

Da mesma forma, os presidentes de partido que estiveram no Palácio do Planalto com Jair Bolsonaro há mais de duas semanas estão esperando retorno. Fazem questão de ressalvar que, na conversas republicanas, não se discutiu cargo nem verba. Mas houve acertos para encontros futuros, conversas sobre itens concretos da agenda governamental, como reformas e privatizações, que poderão servir de base – ainda que formal – a um entendimento mais sólido dos partidos de centro com o governo.

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Mas Bolsonaro, que segundo relatos foi gentil e afável com os dirigentes partidários, pareceu entusiasmar-se com suas sugestões e prometeu que o ministro Onyx Lorenzoni os procuraria na semana seguinte, não escreveu, não telefonou, não zapeou mensagem…

Assim não dá, dizem os políticos. Já não se trata nem de grandes esforços de articulação para construir uma base parlamentar estável – disso, todo mundo já desistiu. Mas sim daquele mínimo de credibilidade que um presidente e seus articuladores precisam ter para que, do outro lado do balcão, alguém acredite no que estão falando. E que Bolsonaro e os seus estão perdendo aceleradamente. Às vésperas de uma negociação complicada como a que se avizinha para a Previdência, pode ser fatal.

Helena Chagas é jornalista

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