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Por Coluna
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Que dia!

A sessão do STF deixou claro que a Lava-Jato levou um bom tranco

Por Maria Helena RR de Sousa
Atualizado em 30 jul 2020, 19h20 - Publicado em 8 nov 2019, 10h00

Nos céus de Brasília, o susto: no momento em que Bolsonaro, todo pimpão, elogiava as medidas econômicas de seu governo, São Pedro comentou as palavras do capitão com um baita raio! Não foi um barulhinho, não. Foi um raio daqueles, assustador e eloquente!

Ainda no belo céu da capital, a alegria: depois de uma longa sessão no STF, (quando ouvi com toda a atenção a transmissão dos votos de Suas Excelências -atenção, anotem aí, estou me referindo a esses senhores como Excelências, não quero magoar o ministro Marco Aurélio Mello), repetindo, após a longa transmissão, no momento em que o voto do ministro José Antonio Dias Toffoli proibia a prisão após condenação em 2ª instância, Brasília ficou iluminada pelas lindas cores dos fogos de artifício que marcavam a alegria de muitos petistas, entusiasmados com a possibilidade concreta da volta de Lula ao cenário político nacional.

A explosão de alegria foi natural e é simpática, mas é bom ressaltar que ela brinda apenas o que pode acontecer com o ex-presidente que, aliás, já fora reconhecido pela Justiça como credor do regime semiaberto, com as restrições de praxe. A diferença é que agora ele vai poder ir para casa sem restrições. Daí os fogos…

E no solo deste impávido colosso? Houve comemoração? Sem unanimidade, alguns mais cautelosos, outros esperançosos, acredito que tenha havido brados de alegria e resmungos de desaprovação.

A sessão do STF deixou claro que a Lava-Jato levou um bom tranco hoje. Se assim não fosse, ao que tudo indica, a prisão em segunda instância não teria sofrido essa derrota. Quem quiser comemorar, que comemore, mas sempre levando em consideração que nada será automático nos demais processos que correm no Judiciário: cada caso será um caso cuja situação será analisada pelo juiz que acompanha o processo.

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E sempre é bom lembrar, como enfatizou o ministro Dias Toffoli, “que, das mais de 800 mil pessoas presas no país, 354.084 estão encarceradas sem sequer terem sido julgadas. Em execução provisória, estão 192.954, ou seja, a partir da primeira condenação. Já em execução definitiva, cumprem pena 294.090 pessoas. Os presos com condenação em segunda instância são 4.895”.

Sem resolver o horror acima citado, na verdade o Brasil não merece comemorar nada…

 

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa é professora e tradutora, escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005.

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