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PT, 10 anos: A sombra do segundo turno

Memórias do blog

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 21 fev 2018, 12h00 - Publicado em 21 fev 2018, 12h00

Texto publicado em 21/02/2013

Em 10 anos de PT na presidência da República, o partido jamais ganhou direto no primeiro turno qualquer das três eleições que concorreu.

Fernando Henrique Cardoso derrotou Lula duas vezes dando-se ao luxo de dispensar o segundo turno. Lula precisou do segundo turno para derrotar José Serra em 2002 e Geraldo Alckmin em 2006. Quatro anos depois, somente no segundo turno foi que Dilma derrotou Serra.

A oposição aos governos do PT tem sido muito ruim para fazer oposição entre uma eleição e outra. E as campanhas dos seus candidatos a presidente se caracterizaram até aqui pela mediocridade e escassa dose de imaginação.

Falta à oposição um projeto para o Brasil – enquanto o PT continua surfando nas ondas provocadas pelo programa Bolsa Família e, mais recentemente, por aquele que promete aniquilar de vez com a miséria no país.

Mesmo assim, entra eleição presidencial, sai eleição presidencial, e algo como 40% dos votos costumam ir parar no farnel do candidato da oposição no segundo turno.

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Os 20% de votos a mais obtidos pelo candidato do PT na verdade representam 10%. Se você subtrai 10% de um lado e acrescenta ao outro, a eleição fica empatada. Em 2001, Lula atraiu 61% dos votos válidos contra 39% de Serra. Repetiu-se o placar em 2006 contra Alckmin.

O padrão de voto em Lula mudou radicalmente de uma eleição para a outra. Ao se eleger presidente pela primeira vez, ele ganhou de Serra em todas as unidades da Federação – menos em Alagoas. Ao se eleger pela segunda vez, perdeu para Alckmin em todos os Estados do Sul, em São Paulo, nos dois Mato Grosso e em Roraima.

O voto em Lula migrou para as regiões mais atrasadas do Norte e Nordeste no rastro do Bolsa Família.

Dilma não é Lula. Seu governo não enche os olhos de ninguém até agora. Mas ela segue na ponta das pesquisas de intenção de voto para se reeleger no próximo ano e, por enquanto, com muita folga.

Por enquanto.

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O desempenho da economia será crucial para aumentar ou diminuir as chances dela. Bem como a qualidade dos adversários que deverá enfrentar. Os que hoje se insinuam são mais do que suficientes para levar a eleição para o segundo turno.

Se o PSDB paulista não boicotar a candidatura de Aécio Neves em contraposição ao PSDB mineiro que boicotou a candidatura de José Serra, Aécio deverá pintar como um candidato mais forte do que Serra.

Marina Silva imagina repetir a performance da eleição de 2010 quando conseguiu no primeiro turno 20% dos votos. Que fique com 10%, admitamos.

Se Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco, concorrer, o segundo turno será certo.

O maior investimento que o PT poderá fazer na candidatura Dilma é impedir a candidatura de Eduardo e enfraquecer a de Marina. Lula está dedicado à tarefa.

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