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Por Coluna
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‘Por la Gracia de Dios’

Será que não aprenderam com a linda Espanha que não devemos usar o Santo Nome de Deus em vão?

Por Maria Helena RR de Sousa
Atualizado em 30 jul 2020, 19h22 - Publicado em 25 out 2019, 11h00

Leio aqui no blog, sensibilizada, o lindo artigo de Juan Arias, o jornalista espanhol publicado pelo jornal EL Pais, sobre o atual estado emocional do Brasil. O artigo, além de muito bem escrito, retrata uma triste verdade: “Os brasileiros estão vivendo um momento paradoxal. Somos nós, os que vieram de fora, que mais os apreciamos e amamos, e por isso somos os que mais nos surpreendemos, nestes momentos, ao ver que estão com medo de amar e de se amar entre si, porque o ódio substituiu o amor. E da glória ao inferno sempre há apenas um passo.

Que volte a ser o Brasil que trazem nos olhos os imigrantes que chegam aqui na espera de uma praia de liberdade para melhor expressar toda a sua criatividade, em vez do campo de batalha no qual o estão convertendo.

O Brasil, sua terra privilegiada e sua gente enriquecida com a rica pluralidade de suas culturas, tem de voltar a ser o país que, segundo uma feliz expressão, Deus havia escolhido para viver”.

Não adianta negar: estamos mesmo nos amando menos. Será que o Brasil esqueceu que já houve tempo em que agradecíamos a Deus por nossas belezas naturais, por nossa sensibilidade, pelo fato de aqui não haver terremotos, nem tufões, nenhum desastre natural que nos fizesse sofrer? Que eramos o país abençoado por Deus, o lugar escolhido por Ele para viver?

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É verdade que passamos por alguns maus bocados, sim, sobretudo os vinte anos de uma ditadura militar sem eira nem beira, que nos humilhou, mas que foi varrida com empenho e que foi enterrada sem deixar grandes vestígios. Não conseguiram que combatêssemos uns aos outros, não conseguiram que nos empenhássemos numa guerra fratricida. Foi uma nuvem negra que o vento varreu, sumiu depois de despejar uns poucos pingos… Passou.

Passou, sim, mas de vez em quando insiste em nos assombrar. A geração que agora assumiu o manche parece determinada a bradar, quantas vezes lhe for possível, que foi Deus quem nomeou nosso atual Presidente e sua Imperial Família.

Será que não aprenderam com a linda Espanha que não devemos usar o Santo Nome de Deus em vão? De que serviu ao Generalíssimo Franco se autointitular ‘Caudillo de Espãna Por la Gracia de Dios’? Do que lhe serviu o majestoso mausoléu no Vale dos Caidos, onde seu corpo jazia desde 1975?

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Mausoléu que foi mais um dos engodos de Franco ao povo espanhol, já que segundo o caudilho, a promessa era que seria erguido para honrar os caídos dos dois lados, na Guerra Civil (1936-1939) entre nacionalistas e republicanos. Teve quem acreditasse…

Franco morreu como todos morreremos e ontem foi exumado para ser enterrado ao lado de sua mulher num cemitério comum. A História se encarregará de enterrar as lendas…

Por la Gracia de Dios…

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