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Outro vexame do governo Bolsonaro

Política com viés

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 19h19 - Publicado em 14 nov 2019, 07h00

De duas, uma.

Ou escapou à atenção do mais gigantesco sistema de segurança jamais montado em Brasília a ação de um grupo de venezuelanos que tomaram de assalto a embaixada do seu país a poucos quilômetros de distância do Palácio do Planalto, ou então eles contaram para isso com o apoio velado do governo brasileiro.

A segunda hipótese é a mais provável. A região central de Brasília está sob ocupação militar desde que desembarcaram na cidade os presidentes da China, Rússia, Índia e África do Sul, países que juntamente com o Brasil fazem parte do BRICS, o bloco das economias emergentes. Até o espaço aéreo foi interditado.

Para o governo de Jair Bolsonaro, quem preside a Venezuela é Juan Guaidó, o deputado venezuelano autoproclamado presidente do seu país, e não Nicolás Maduro que sucedeu a Hugo Chávez. E foram apoiadores de Guaidó que invadiram a embaixada criando um fato político de larga repercussão internacional.

Por algumas horas, o governo Bolsonaro silenciou diante do que acontecia. Foi tempo suficiente para que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o Zero Três do pai, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, escrevesse no Twitter que a invasão se justificava plenamente.

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Maluquice! Ou ignorância de quem se achava credenciado até outro dia para ser embaixador em Washington. O Brasil assinou todos os tratados onde consta que o espaço de uma embaixada é território estrangeiro. Uma extensão do país que aloja, ali, seus funcionários. A polícia só pode pôr os pés por lá se for chamada.

A ONU alertou o governo brasileiro para a gravidade do episódio. O chanceler do governo Maduro manifestou-se no mesmo sentido. Apesar do cerco policial à embaixada, militantes do Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST) e deputados do PT conseguiram entrar para aumentar o salseiro.

Bolsonaro queria pôr Guaidó frente a frente com os chefes de Estado em visita ao Brasil – mas eles se recusaram. A Rússia e a China têm boas relações com Maduro. A Índia e a África do Sul não querem se meter em assuntos alheios. Depois de 13 horas, os invasores abandonaram a embaixada pelas portas do fundo.

Política externa com viés ideológico dá nisso. Nada muito diferente do que já deu na época em que o país foi governado pelo PT.

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