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Por Coluna
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O que o futuro reserva para o presidente Jair Bolsonaro

No meio do caminho tem uma pedra – a economia

Por Ricardo Noblat
30 nov 2020, 08h00

E o pior para o presidente Jair Bolsonaro ainda está por chegar. Como, sem partido, ele poderia sair-se bem das eleições que terminaram ontem? Nunca antes na história dos últimos 50 anos um presidente da República, mal começou a governar, abandonou o partido pelo qual se elegeu e ficou sem nenhum.

Bolsonaro perdeu feio no primeiro turno, e mesmo tendo apostado em poucos nomes no segundo turno, perdeu feio do mesmo modo. Conseguiu ser amplamente derrotado no seu berço político, o Rio de Janeiro. Só tem a comemorar a eleição do prefeito de Vitória, que é mais conservador do que propriamente bolsonarista.

Os discursos de vitória de Bruno Covas (PSDB), prefeito reeleito de São Paulo, e de Eduardo Paes (DEM) que volta a governar a cidade do Rio, apontaram na direção de uma frente de partidos do centro para tentar derrotar Bolsonaro daqui a dois anos. O PT conseguiu a proeza de eleger menos prefeitos e vereadores do que em 2016.

A próxima batalha a ser perdida por Bolsonaro é da eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados. Ele já trabalha a favor do deputado Arthur Lira (PP-AL), do Centrão, que diz contar ali com 200 dos 513 votos possíveis. DEM, PSDB, MDB e os demais partidos de esquerda deverão juntar-se em apoio a outro nome.

No fim de dezembro, expira o pagamento do auxílio emergencial para os brasileiros mais pobres atingidos pelos efeitos do Covid-19. Falta dinheiro ao governo para prorrogá-lo. O auxílio impediu que a popularidade de Bolsonaro medida pelos institutos de pesquisa sofresse uma queda abrupta. Sem ele, como será?

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Em palestra virtual na semana passada para um grupo de empresários reunidos pela Associação Comercial de São Paulo, Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, traçou um quadro assustador da economia brasileira a partir de 2021. Segundo ele, o desemprego poderá bater na casa dos 21%.

Pastore afirmou que a crise que só tende a se agravar alimenta-se da combinação perversa de vários fatores – e citou dois deles. O primeiro: a fragilidade técnica da equipe liderada pelo ministro Paulo Guedes, da Economia. O segundo: o comportamento político errático de Bolsonaro que gera insegurança.

As eleições de 2022 girarão em torno da economia, da situação em que ela se encontre, do que Bolsonaro prometeu entregar e não entregou, e, naturalmente, do seu desempenho no combate à pandemia. Se for candidato à reeleição, é previsível que dispute o segundo turno. Mas tudo conspira para que perca.

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