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Por Coluna
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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O poder da vontade (por Otávio Santana do Rego Barros)

Autoridades, façam chegar as vacinas!

Por Otávio Santana do Rêgo Barros
20 jan 2021, 11h00

No alvorecer da terça-feira, 6 de junho de 1944, tropas aliadas desembarcavam em solo europeu, em extensa faixa de praia na região da Normandia, território francês.

Era o primeiro passo da marcha em direção à vitória na Segunda Guerra Mundial. Antes, porém, muitas vidas foram ceifadas e equipamentos destruídos nas batalhas em direção à Berlim.

No dia 25 de agosto de 1944, as tropas aliadas entravam na “cidade luz” sob os aplausos dos parisienses aliviados, mas ainda contidos, com a libertação do jugo nazifascista.

Até a vitória final, em 8 de maio de 1945, os aliados tiveram que estabelecer um corredor logístico nunca antes imaginado em operações de guerra.

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Havia um esforço conjunto de diversos países, incluído o Brasil, em debelar definitivamente a maldade, a hipocrisia e a insensatez representadas por Hitler, Mussolini e outros. Resultado: a vitória inconteste dos aliados ante o inimigo atroz.

Hoje à tarde (19 Jan 2021), durante o telejornal, assisti o alívio da população de Niterói, materializado nas palmas e gritos de apoio a um comboio, conduzindo uma parcela da vacina contra a COVID-19. É possível que a cena tenha se repetido em outros lugares.

Essa alegria, tomada as devidas precauções, assemelha-se àquela parisiense quando da libertação de sua capital. A alegria da esperança!

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Todas aquelas operações exigiram planejamento operacional, logístico, de inteligência, de comunicação social, de assuntos civis etc. para que pudessem lograr êxito. E mais que tudo isso, firmeza de propósito dos comandantes.

Quando os primeiros homens desembarcaram nas praias de Omaha, Juno, Sword, Utah e Gold eles tinham confiança de que seriam apoiados. Seguiram em frente.  Ainda assim, somente onze meses depois, e após dezenas de milhares de vidas, os nazistas estavam derrotados.

Imaginem se as tropas que avançavam em direção à Paris não recebessem o suprimento na quantidade e adequação devida, das dotações de combustível, alimentação e munição.

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Estamos diante de uma grande operação de guerra, com o inimigo invisível firmemente estabelecido no nosso dia a dia, a nos infligir baixas da ordem de mil vidas a cada jornada.

Já sabemos o único instrumento capaz de combatê-lo.  O armamento mais sofisticado que a ciência cooperativa mundial desenvolveu: as vacinas certificadas.

Nós não queremos mais perdas de gente brasileira, se por acaso as vacinas esperadas com tanta ansiedade não cheguem a cada posto de saúde de nosso imenso país por planejamento ineficiente.

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Estão ocorrendo atrasos preocupantes na disponibilização dos imunizantes. Para a população não interessa a razão desse problema. Só lhe interessa a vacina aplicada em seu braço. E ponto final! As escusas que já não se sustentam.

Autoridades, façam-nas chegar!

A solidariedade do povo brasileiro se encarregará de promover o sucesso dessa marcha para a vitória. Contará com o apoio em transporte, hospitalar e segurança de suas Forças Armadas. Terá o escrutínio das organizações de controle e adesão de entidades civis, todos, enfim.

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Vamos precisar nos unir para conseguirmos carrear até nós os insumos e as vacinas já disponíveis. Sem eles, apenas nos restará um fio esgarçado de esperança.

A pandemia continuará a nos impactar após a cessação de sua transmissibilidade. Será preciso desde já elaborar um plano que aponte um caminho seguro a seguir.

 A economia capengando, os empregos em baixa, os empresários receosos e o governo sem foco.  Serão aspectos com os quais nós nos acostumaremos a conviver em próximos anos. E ressalte-se, mundo afora. Quanto mais pronto tenhamos injetado a arma da vacina, mais breve será nosso emergir da incerteza.

“Nada está tanto em nosso poder quanto a própria vontade”, assim nos estimula Santo Agostinho, portanto assumamos prontamente uma atitude que possa promover, em futuro próximo, um sopro de expectativa positiva por uma vida melhor.

Paz e Bem

Otávio Santana do Rêgo Barros é general do Exército e ex-porta-voz da presidência da República. Escreve aqui às quartas-feiras 

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