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Por Coluna
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O plantão da calada da noite

O Brasil caminha para um caos social

Por Celso Tracco
Atualizado em 19 jul 2018, 16h01 - Publicado em 19 jul 2018, 16h00

Os poderes públicos e constituídos do Brasil agem como verdadeiros gatunos que, na calada da noite, se organizam e se apropriam do que não é deles. Agem nas trevas para prejudicarem aqueles que os elegeram e para se locupletarem.

No último dia “útil” de “trabalho” antes do recesso parlamentar, o Congresso aprovou a chamada pauta bomba. Entre as novas medidas aprovadas pelos nossos dignos representantes, destacam-se algumas “pérolas”:

– os custos com os roubos de energia, os famosos “gatos” serão repassados para os consumidores cadastrados que, além de serem roubados, ainda irão pagar pela apropriação indevida de alguns, devidamente acrescida de impostos.

– autorizaram aumentos, em 2019, para os servidores públicos. Qual a preocupação com o aumento do déficit fiscal? Nenhuma, uma irresponsabilidade sem tamanho.

– aprovaram a politicagem nas empresas estatais. Políticos poderão indicar nomes para ocuparem cargos nas estatais e o indicado não precisa comprovar qualificação técnica. Um acinte para o contribuinte e para técnicos qualificados.

– parcelamento das dívidas previdenciárias dos produtores rurais, os mesmos que clamam por mais defensivos agrícolas em suas plantações.

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Além de envenenarem a população, não querem contribuir com a Previdência, aumentando seu rombo, já estratosférico. Os nossos legisladores, em apenas uma noite, aumentaram o déficit fiscal para 2019 em mais de R$ 70 bilhões por ano.

A economia brasileira caminha, rapidamente, para o caos financeiro. O que falaram os pré-candidatos sobre isso? Nada! Estão interessados em alianças! Não importa se o barco está à deriva e afundando. Querem, a todo o custo, ascender ao comando supremo.

No judiciário, a vergonha e desfaçatez é ainda maior, ela é escancarada. No STF, horas antes do recesso, o ministro Dias Toffoli, relator do HC a favor de José Dirceu, expediu em caráter liminar, parecer favorável à sua soltura. Foi acompanhado por outros dois ministros da já famosa Segunda Turma.

Além de comprovada militância petista, Sua Excelência trabalhou com José Dirceu, quando este foi Chefe da Casa Civil durante o Governo Lula. Agiu como os outros ministros, coincidentemente da mesma Segunda Turma, que soltam traficantes, doleiros e políticos que reconhecidamente estão envolvidos em desvios de dinheiro público e outros escândalos financeiros.

A desfaçatez não tem limites. O que dizer da tentativa de libertar o ex-presidente Lula, julgado e condenado? Um golpe político, jurídico e partidário, armado para ser executado em pleno domingo, tendo por executor, um desembargador plantonista, que também militou durante anos no mesmo partido do sentenciado.

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A Justiça além de cega, é leniente. A população já não confia no Executivo nem no Legislativo há muito tempo, mas o Judiciário está fazendo muita força para ser o poder com o maior desrespeito pela nação. A pergunta é: até quando iremos suportar essa calamidade institucional?

Até quando aguentaremos ser espoliados por agentes públicos que agem em causa própria, em seu próprio benefício, sem se preocuparem com as dificuldades da população?

O Brasil caminha para um caos social. Basta ver alguns estados importantes, falidos. O déficit público só aumenta, a economia não cresce, as taxas de desemprego não cedem, a violência cotidiana mata por ano dezenas de milhares de pessoas, mais do que em países em guerra.

Não podemos mais ficar inertes, concordando com leis arbitrárias, feitas apenas para favorecer grupos específicos. Precisamos de uma reforma ampla, geral e irrestrita. Nas próximas eleições não devemos reeleger ninguém, seja de qual partido for, principalmente as “velhas raposas”.

Renovar é preciso e urgente! E que seja pela urna, antes que ocorra pela total ruptura institucional, já acontecida no passado e de triste memória.

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Celso Luiz Tracco é economista e autor do livro Às Margens do Ipiranga – a esperança em sobreviver numa sociedade desigual.

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