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Por Coluna
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O palco digitalizado

A pauta é determinada pela FIFA, uma centenária senhora, não tão respeitável como deveria

Por Gustavo Krause
Atualizado em 24 jun 2018, 16h01 - Publicado em 24 jun 2018, 16h00

A vida do poeta/compositor Orestes Barbosa “era um palco iluminado” em que a “lua salpicava de estrelas nosso chão”. A voz aveludada de Silvio Caldas, “o caboclinho querido”, imortalizou a composição. Em toda seresta e cantoria boêmia que se preze, alguém canta “Chão de Estrelas’ e, entoada a primeira frase, forma-se imediatamente um coral.

A obra musical está viva e admirada. Mas, o mundo mudou muito. Para melhor ou para pior? Não sei. Trata-se de uma discussão inconclusa. O certo é que o nosso mundo é muito diferente da época do disco de vinil. E por que esta comparação? Uma decorrência do efeito Copa do Mundo.

Por enquanto, não adianta mudar de assunto. A pauta é determinada pela FIFA, uma centenária senhora, não tão respeitável como deveria, mas que congrega 211 filiados, contra os 193 Estados-membros e 2 observadores da ONU. A cada quatro anos, a FIFA promove um campeonato que, além de mobilizar a opinião pública mundial, apresenta, dentro e fora do campo, grandes inovações.

No gramado, as equipes revelam mudanças táticas e métodos de avaliação de desempenho dos jogadores que tornam o jogo mais ciência do que arte diferente dos tempos em que fora mais arte do que ciência. O futebol ficou mais previsível e parelho, porém, o talento continua fazendo a diferença.

Fora do gramado, o “palco iluminado” passou a ser um “palco digitalizado”. Quem se opunha à introdução da tecnologia no futebol, quebrou a cara. A razão é simples: o mundo analógico faz parte da arqueologia tecnológica. Reina a tecnologia digital em todas as atividades humanas com transformações inimagináveis pelas mais ousadas obras de ficção.

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No futebol, o saudável conservadorismo não resistiu ao argumento de que o uso da tecnologia, devidamente testado em 2016, a Vídeo-Arbitragem (VAR), reduziria a margem de erro dos árbitros em quatro situações capitais (gols, pênaltis, cartões vermelhos e erros de identidade). E faria justiça.

A propósito, o VAR divide as atenções com o próprio espetáculo e suas mais fulgurantes estrelas. Mantida a possibilidade de interpretação, o VAR não eliminará o debate dos profissionais e as discussões de botequim que dão vida às paixões pelo futebol.

Cada Copa deixa marcas e personagens. A marca é o palco digitalizado. Meu personagem é um meia franzino, 1,71m, anjo da guarda dos companheiros; joga simples, eficiente, solidário, quase invisível: Iniesta, campeoníssimo, puro talento e exemplo!

Gustavo Krause é ex-ministro da Fazenda do governo Itamar Franco 

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