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Por Coluna
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O mundo paralelo em que vive o Congresso brasileiro

Às vésperas das eleições de presidentes da Câmara e do Senado

Por Ricardo Noblat
25 jan 2021, 09h00

A uma semana da eleição que renovará o comando do Congresso depois de dois anos, só uma coisa parece certa: haverá, sim, segundo turno para a escolha do substituto de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados.

Arthur Lira (PP-AL) ou Baleia Rossi (PMDB-SP) – o primeiro apoiado pelo governo Bolsonaro e os partidos que com ele se alinham, o segundo por Maia, partidos de oposição e deputados avulsos? Ou poderá dar zebra?

Deu zebra em fevereiro de 2001 quando Aécio Neves (PSDB-MG) foi eleito presidente da Câmara derrotando no primeiro turno o candidato do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Inocêncio Oliveira (PFL-PE), e Aloizio Mercadante (PT-SP).

De lá para cá, a maior zebra aconteceu em 2005. O candidato do governo Lula era Luís Eduardo Greenhalgh (PT-SP). Ninguém dava nada por Severino Cavalcanti (PE), candidato do PP. Cavalcanti derrotou Greenhalgh no segundo turno para espanto geral.

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Só conseguiu manter-se no cargo por sete meses. Pediu a Lula e levou a indicação de um nome “para aquela diretoria da Petrobras que fura poço”. Caiu porque se descobriu que recebia um mensalinho de 10 mil reais de um dono de restaurante.

Ainda não estourara o caso do mensalão do PT quando Cavalcanti foi eleito. Lula era um presidente poderoso. Quando Aécio venceu Oliveira, Fernando Henrique estava em declínio depois de ter desvalorizado o real, o que prometera jamais fazer.

Justo no momento em que corre o risco de tornar-se uma mercadoria estragada devido ao número de erros que cometeu até aqui, Bolsonaro poderá emplacar Lira na presidência da Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na presidência do Senado.

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Lira e Pacheco assumiram com Bolsonaro o compromisso de não permitir a instalação de um processo de impeachment contra ele. Rossi e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) se comportam como candidatos em cima do muro, nem contra nem a favor.

É por isso que Bolsonaro em pessoa, e também por meio dos seus ministros, cabala votos para Lira e Pacheco oferecendo em troca cargos no governo e liberação de dinheiro para construção de obras nos redutos eleitorais de deputados e senadores.

O enfraquecimento aqui fora do governo Bolsonaro só tende a aumentar porque a economia vai mal e a vacinação em massa para deter o coronavírus, pior. Mas, por enquanto, isso não interessa a deputados e senadores. O Congresso vive em outro mundo.

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