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O melhor emprego do mundo. Ou do Brasil. Ou do governo

O risco que corre o general

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 19h30 - Publicado em 16 ago 2019, 07h00

Tem melhor emprego do que o de porta-voz do presidente Jair Bolsonaro? Primeiro porque trabalha pouco, uma vez que Bolsonaro prefere falar diretamente aos jornalistas, em média três vezes ao dia, incluindo os fins de semana. Segundo porque está dispensado de passar pelo constrangimento de reproduzir tudo o que o capitão ouve e repete, ou pensa e espontaneamente diz.

Por ora, o porta-voz é o general Otávio Rêgo Barros, que cunhou a expressão “nosso presidente” para referir-se ao patrão. Rêgo Barros é um militar de primeira linha, respeitado, talentoso e com vasta experiência na área de comunicação. Foi uma das poucas escolhas boas de Bolsonaro para assessorá-lo. Por elegante e bem educado, seria embaraçoso para ele ter que portar certas coisas.

Não dá para imaginar Rêgo Barros dizendo: “O nosso presidente mandou a primeira-ministra alemã enfiar no rabo o dinheiro que mandaria para o Fundo da Amazônia”. Ou então: “A respeito da decisão do governo da Noruega de suspender sua ajuda à preservação da Amazônia, nosso presidente limitou-se a declarar: ‘Estou nem aí. Foda-se a Noruega. E a França de quebra’”.

Homem de bons modos, exemplar chefe de família, famoso entre seus ex-colegas de farda por sua cordialidade e estrito senso do dever, já pensou se em um encontro com jornalistas nacionais e estrangeiros, aqui ou no exterior, fosse cobrado a explicar o que Bolsonaro quis dizer quando aconselhou os brasileiros a fazer cocô dia sim, outro não, para preservar o meio ambiente?

É o fato de não ter de portar a voz do Excelentíssimo Senhor Presidente da República do Brasil, missão honrosa em tempos idos, que confere ao emprego de Rêgo Barros a condição de o melhor do mundo. Ou de o melhor do Brasil. Ou o melhor do governo do tosco capitão. Mas como nada é perfeito, acautele-se o general, pois poderá ser demitido por ser o oposto do seu chefe.

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