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O medo domina os Estados Unidos às vésperas das eleições

Tudo pode acontecer, inclusive nada

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 18 nov 2020, 19h46 - Publicado em 2 nov 2020, 08h00

As últimas do domingo sobre as eleições americanas a 24 horas da escolha do próximo presidente:

+ Veículos com bandeiras de Donald Trump interromperam o trânsito na Garden State Parkway em Nova Jersey e congestionaram a ponte Mario M. Cuomo entre Tarrytown e Nyack, em Nova Iorque.

+ Carreata pró-Trump na Virgínia terminou em uma tensa disputa de gritos entres manifestantes ao se aproximar de uma estátua do célebre oficial militar Robert E. Lee em Richmond.

+ Um comício Democrata foi cancelado na Geórgia pouco antes de começar. Temia-se uma “grande presença de milícias” atraídas por ato da campanha de Trump realizado nas proximidades.

+ Na Carolina do Norte, um comício da campanha de Joe Biden terminou com a polícia usando spray de pimenta em alguns participantes, incluindo crianças, e fazendo várias prisões.

Os incidentes aconteceram um dia depois que um grupo de apoiadores de Trump no Texas, dirigindo caminhões e agitando bandeiras, cercou e reduziu a velocidade de um ônibus de campanha de Biden na estrada Interestadual 35. Dois comícios do candidato Democrata foram cancelados por causa disso.

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O FBI confirmou que investiga o caso. Trump respondeu no Twitter: “Em minha opinião, esses patriotas não fizeram nada de errado. O FBI e a Justiça deveriam investigar os terroristas, anarquistas e agitadores da Antifa”. O movimento Antifa é um conglomerado de grupos de esquerda que combate o fascismo.

“Estou preocupado com o risco de agitação civil em todo o país, já que nossa nação está altamente dividida e os resultados das eleições podem levar dias ou semanas para serem concluídos”, declarou Mark Zuckerberg, CEO do Facebook. Por toda parte, as pessoas já estão se preparando para a hostilidade e a violência.

Segundo o jornal Washington Post, o Departamento de Justiça planejava pôr funcionários em um centro de comando na sede do FBI para coordenar a resposta federal a quaisquer distúrbios. O Escritório da Guarda Nacional montou uma unidade especial que pode ser deslocada para combater manifestações de rua.

Bancos e prédios de apartamentos em diversos pontos do país se preparam para resistir a atos de vandalismo. Em Nova Iorque, lojas protegem suas vitrines com tábuas. Para o jornal New York Times, “as semanas após as eleições podem muito bem ser as mais perigosas nos Estados Unidos desde a Guerra Civil.”

Só há um culpado pela tensão crescente: o atual inquilino da Casa Branca. Ele tem dito aos seus apoiadores que a única maneira de perder é se a eleição for roubada dele. No sábado, Trump disse que a Suprema Corte lhe garantirá um novo mandato se ele não for proclamado vencedor na noite da eleição.

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Mais de 93 milhões de americanos haviam votado até ontem. Biden lidera todas as pesquisas conhecidas de intenção de voto. Não se descarta, porém, que sua vantagem se estreite até amanhã. E que a apuração de votos se estenda pelos próximos dias sem que fique claro quem foi eleito. Aí mora o perigo para a democracia.

Trump ainda estará no comando com todo o poder que o cargo lhe confere. Ele já sabe que o promotor distrital de Manhattan, Cyrus R. Vance Jr., investiga suas finanças duvidosas. Sabe que pode enfrentar acusações assim que deixar o cargo, e que um eventual governo Biden não o perdoaria tão facilmente.

“Deveríamos querer ter os votos contados, tabulados e encerrados na tarde-noite de 3 de novembro”, prega Trump. Na prática, isso é impossível porque milhares de eleitores votam pelos Correios e a apuração, ali, é mais lenta. De resto, o encerramento da apuração na noite do dia 3 não é contemplada em legislação alguma.

Como explicou o New York Times, quando se proclama um ganhador na noite eleitoral, não é porque a apuração tenha sido completada, e sim porque as projeções da imprensa deduzem que, mesmo que ela não tenha chegado ao fim, um dos candidatos já tem uma vantagem que os votos restantes não podem mudar.

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