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Por Coluna
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O esperneio de Gleisi

O PT não aprende nada

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 20h01 - Publicado em 24 jan 2019, 08h00

Com que autoridade a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, condena a posição do governo brasileiro de exigir eleições livres e justas para que os venezuelanos escolham um novo presidente? E como ela tem o desplante de afirmar que tal gesto do Brasil desrespeita a soberania do país empenhado em livrar-se do ditador Nicolás Maduro?

No final de junho de 2009, a Suprema Corte de Justiça de Honduras depôs o então presidente da República Manoel Zelaya, acusado de querer mudar a Constituição para se eternizar no poder. Zelaya foi preso e deportado pelos militares para a Costa Rica. De repente, semanas depois, reapareceu na embaixada do Brasil em Honduras.

O que houve? Hugo Chávez, então presidente da Venezuela, apoiava Zelaya e o queria de volta a Honduras. Então o resgatou em Costa Rica e o pôs dentro de um carro a poucos quarteirões da embaixada brasileira. Avisou a Lula, que voava então para Nova Iorque. Como devia favores a Chávez, Lula concordou em oferecer asilo a Zelaya.

Mas não era asilo que Zelaya queria, e sim um refúgio seguro para tramar seu retorno ao poder. Por meses a fio, Zelaya, sob a proteção do governo brasileiro, transformou a embaixada no seu escritório político. Ali, recebeu seus adeptos. Ali, tentou negociar com o novo governo uma anistia. Um vexame. Não deu certo e ele foi embora.

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Até então, e há pelo menos mais de um século, o Brasil jamais afrontara a soberania de um país como o fez no caso de Honduras. Mas o PT jamais reconheceu que isso configurou uma afronta. E agora, por meio de sua presidente, voz de aluguel do encarcerado de Curitiba, vem sugerir que a soberania da Venezuela estaria sendo violada.

“Isso quer dizer que o presidente Bolsonaro vai enviar tropas brasileiras para Venezuela? Com que dinheiro? Colocando em risco a vida dos brasileiros?”, indagou Gleisi, ontem, no Senado, enquanto se prepara para assumir o mandato de deputada uma vez que não teve votos para se reeleger senadora pelo Paraná. A vida está difícil!

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Não, o Brasil não enviará tropas à Venezuela, respondeu indiretamente o general Hamilton Mourão, presidente da República em exercício, enquanto o titular, famoso por sua loquacidade, perdeu a voz na Suíça para não ter que responder a perguntas dos jornalistas sobre os rolos do seu filho Flávio e do ex-assessor dele, Fabricio Queiroz.

No amotado de frases construídas por Gleisi para justificar o apoio do seu partido a um ditador, uma destacou-se por seu cinismo escandaloso: “Não se faz política externa de forma ideológica”. Sim, foi isso mesmo o que ela disse. Replay: “Não se faz política externa de forma ideológica”. Quem a ouviu ficar de queixo caído, e não era para menos.

Ora, faça o favor… A frase até poderia caber na boca de Bolsonaro, que pouco ou nada entende de política externa e muito menos de ideologia. Mas na boca de uma estrela prendada do PT como Gleisi, razoavelmente alfabetizada? Não existe política de qualquer natureza que não seja ideológica. Disso o PT deu exemplo quando governou o país.

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Ao aliar o Brasil a dezenas de países dos dois lados do Atlântico para forçar a queda de um ditador, Bolsonaro marca de fato seu primeiro ponto em menos de 30 dias de governo. Xô, Maduro! Eleições limpas e justas na Venezuela!

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