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O direito de Bolsonaro ao silêncio

O candidato que prega o confronto tem medo de debates

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 24 jun 2018, 08h00 - Publicado em 24 jun 2018, 08h00

O líder das pesquisas de intenção de voto sem Lula, o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) cogita não comparecer a debates no rádio e na televisão com os demais candidatos à sucessão do presidente Michel Temer. E por isso já começou a ser duramente criticado.

Ora, ele tem esse direito. Não será o primeiro candidato a presidente ou a qualquer outro cargo importante a fugir de debates. Até Lula já fugiu em 2006 quando foi candidato à reeleição – e venceu. Dilma também fugiu em 2010 e em 2014, e venceu.

No caso de Bolsonaro não será novidade. Ele evita até mesmo a conceder entrevistas. Alega que a mídia o persegue e só lhe deseja fazer mal. Convidado a expor suas ideias para plateias com o direito de lhe fazer perguntas, costuma faltar.

Candidatos procedem assim por cálculo político. Uns porque estão demasiadamente na frente das pesquisas e temem darem-se mal nos debates. Outros porque detestam correr riscos. Candidatos nanicos, esses não perdem um debate. São os mais assíduos.

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De fato, Bolsonaro teme o confronto não por que lidera as pesquisas apenas, mas porque é um despreparado. Não sabe o que dizer sobre os principais problemas do país. Não sabe dizer como governaria. Na maioria das vezes, o que diz não resistiria ao contraditório.

É um político que repete clichês, lugares comuns, e aposta nos instintos mais primitivos das pessoas dispostas a ouvi-lo sem contestá-lo. Uma grande parcela dos eleitores se sente satisfeita ouvindo simplesmente o que possa reforçar suas convicções.

Não se descarte, porém, a hipótese de Bolsonaro surpreender e marcar presença em algum debate. Basta que comece a despencar nas pesquisas e que se sinta ameaçado de ficar de fora do segundo turno da eleição. É sempre assim.

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