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O candidato e a campanha

A representação política abarca gente decente e meliantes

Por Gustavo Krause
Atualizado em 20 Maio 2018, 14h00 - Publicado em 20 Maio 2018, 14h00

Dizem as pesquisas qualitativas: a maioria do eleitorado deseja um candidato honesto, novo e experiente. Perfil difícil de encontrar no mundo real.

Abstraindo a generalização primária de que “tudo é farinha do mesmo saco”, a representação política abarca gente decente e meliantes. Não sei a proporção. Mas uma coisa é certa. Todos foram, democraticamente, escolhidos. Tenho a impressão de que não é a política que faz o candidato virar ladrão, mas é o voto que faz o ladrão virar político.

Novo. O que é novo? Medida cronológica? E se for descendente da oligarquia? Já nasce velho. E se for um candidato estreante que mire a Presidência da República com o discurso antipolítico “contra tudo que está aí”? Uma contradição em termos. O cargo máximo da vida pública é político na essência e o exercício exige talento…..político. É o típico Outsider que a gente sabe como chega ao poder e como termina o mandato conquistado pela demagogia populista. Governar requer engenho e arte para lidar com a sujeira sem se contaminar com a poluída cultura do clientelismo. É possível, desde que o governante imponha limites ao “é dando que se recebe” fazendo valer interesses legítimos frente aos interesses espúrios do patrimonialismo e do corporativismo.

Experiente. Experiência vivida na política tradicional? Rejeição enorme é o sentimento generalizado. Não é por outra razão que, a esta altura do campeonato, não desponta um candidato que o eleitor possa chamar de “seu”. O cenário atual revela Lula, candidato improvável, com 30% das preferências, Bolsonaro beirando 20%, o centro fragmentado e a ampliação do “eleitorado pêndulo” que decidirá a eleição.

Por sua vez, as novidades emergentes – Huck e Joaquim – não resistiram ao apelo familiar dos almoços dominicais.

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Sou estimulado a imaginar Joaquim Barbosa numa campanha que, invariavelmente, tem três personagens: o bêbado, o papagaio de pirata e o multifacetado puxa-saco.

Certa vez, presenciei a insistência do bêbado num palanque querendo falar com o gentil e paciente Marco Maciel. “Quero dar uma abraço no meu ‘guverno’”. Tentaram evitar. Marco percebeu e sinalizou com o gesto de consentimento. O abraço quase lhe quebra a magreza o que não impediu a delicadeza: “pois não, o que senhor deseja?” “Nada” e com a fala temperada pelo álcool, deixou a seguinte lição: “eu só quero consideração”.

Candidatos, o cidadão deu um recado lúcido: “consideração” é respeito ao eleitor “de onde emana o poder”.

Gustavo Krause é ex-ministro da Fazenda do governo Itamar Franco 

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