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Por Coluna
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Mulher, um poema.

Psicanálise da Vida Cotidiana

Por Carlos Vieira
Atualizado em 7 mar 2018, 16h00 - Publicado em 7 mar 2018, 16h00

Mulher,Salve Regina, mãe de Cristo, ser ousado, corajoso, que atendeu à serpente no Paraíso e nos deu humanidade. Caso este ato de irreverência, ousadia e transgressão não tivesse acontecido, o que seria de nós? Anjos, anjos puros, seres indiferenciados, no limbo, sem amor e sexualidade. Daí a expressão bíblica e literária: somos “Anjos Caídos”. Mulher, fêmea, animal, gente, aquela que nos concebeu com tolerância à espera, capacidade de recusa, gritos, sussurros e sorrisos de amor, de alegria ao vê seu bebê vivo, chorando, gritando e denunciando vida. Mulher que sofre quando seu filho cresce, mulher que se contenta quando sua cria se desenvolve, transforma-se em adulto. Mulher que geme a cólica do infante, que estranha sua sexualidade quando grávida e oferece a seu recém-nascido todo seu amor, dedicação, tempo e sua vida.Mulher que aborta, de propósito ou contra seu anseio.Fêmea que mata, que odeia e ao mesmo tempo ama.Ser humano que se dedica, que se escraviza e que sente prazer numa relação sado-masoquista; mulher de bandido.Mulher que inveja, mulher que se complementa com seu homem,cria uma parceria, mulher que cresce, mas sob o domínio da “serpente verde”, a inveja, faz e acontece, luta, briga, mata, escraviza os homens para negar sua feminilidade. Sempre pensei que a mulher nasce aberta, com sua fissura vaginal e o homem é fechado. Que vantagem da abertura! Inacabada, incompleta, aberta para expansão e liberdade. Ás vezes, as mulheres não se dão conta dessa vantagem! Mulheres de Atenas, lutadoras, mulheres do campo, mulheres da roça, mulheres que conseguiram se desprender do cativeiro. Sherazade, exemplo de astúcia, a primeira emancipação ao poder masculino. Negras, vindas da África. Mulheres intelectuais, executivas, ministras e até presidente da república. Mulheres santas, filósofas, teólogas; mulher que teve a capacidade de se livrar da sua carnalidade e se tornar santa. Mulher, carmelita descalça, que oferece sua vida para ser “esposa de Cristo”. Mulher que transa, que não transa, mulher que ama e odeia o homem que a ama e odeia. “Há uma mulher.sente por mim o que eu sinto por ela,me odeia, me ama.Quando ela me odeia eu a amo, quando ela me ama, eu a odeio.Não existe outra possibilidade.” .Mulher sensual, sensitiva, histérica, madura. Mulher da rua, prostituta que carrega sua angústia do vazio e de não ter tido afeto e oportunidades. Mulheres que amam mulheres, onde a homossexualidade é uma escolha e um modo de ser-no-mundo. Mulheres inférteis, desesperadas e angustiadas com a impossibilidade de não criarem. Filhos adotados por mulheres que ás vezes são mais verdadeiras que as mães que os pariram. Mulher que cria, que faz da arte a maneira de tornar o mundo mais vivível. Mulher, não a costela de Adão, mas tão importante quanto ele na humanização do mundo.


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