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Mirando ao Sul: Bolsonaro, Macri, Lula, Cristina, Mafalda e Darin

O petista não cabe em si de contentamento

Por Vitor Hugo Soares
Atualizado em 30 jul 2020, 19h30 - Publicado em 17 ago 2019, 11h00

Em seguida ao triunfo da dupla Alberto Fernandez/Cristina Kirchner nas primárias na Argentina, domingo (11), partiu da cela da Policia Federal, em Curitiba, a felicitação política e pessoal mais calorosa de estímulo e crença na retomada do poder, “pela esquerda”, no sul do continente latino-americano, em outubro. Assinada pelo ex-presidente Lula – que cumpre pena de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em processo da Lava Jato -, a mensagem ressalta a relevância da sova, com vantagem de 15% dos votos, aplicada na chapa encabeçada pelo “liberal” Maurício Macri, de malfadada largada (sem trocadilho com a heroína portenha dos quadrinhos) na sua tentativa de reeleição.

O petista não cabe em si de contentamento, em postagem no Twitter, diante das notícias chegadas à sua cela (visitada dias antes por Fernandez, vencedor das prévias), sobre o resultado das urnas, enquanto peronistas festejavam na Plaza de Mayo. Bem em frente à Casa Rosada, ocupada pelo inimigo Macri, onde o fundador e chefe maior do PT era recebido com afagos e bons vinhos na era Kirchner: “Parabéns aos companheiros Alberto Fernandez e Cristina Kirchner pelo expressivo resultado nas primárias argentinas. É preciso dar esperanças ao povo, trazer dias melhores e cuidar de quem mais precisa”, escreveu Lula.

Avisos de tempestades, soprados dos Andes, também chegaram aos ouvidos e mexeram com o coração e nervos do atual ocupante do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, e de sensíveis sismógrafos e atentos observadores de seu governo, confessadamente “de direita”. Ironicamente (ou não?) a repercussão dos fatos de Buenos Aires alcançou o presidente no interior do Rio Grande do Sul, ainda mais próximo, do que Lula, da fronteira Brasil – Argentina. Em Pelotas, ao participar de um evento cívico/militar, Bolsonaro – aliado declarado e defensor da reeleição de Macri e da virada no Mercosul – instalou sua conhecida metralhadora giratória verbal “mirando ao Sul”, como no famoso tango, e disparou. “Não se esqueçam do que, mais ao sul, na Argentina, aconteceu nas eleições de ontem. A turma da Cristina Kirchner, que é a mesma da Dilma, que é a mesma de Maduro e Chavez, e Fidel Castro, deu sinal de vida aqui. Povo gaúcho, se essa “esquerdalha” voltar na Argentina, nosso Rio Grande do Sul poderá se tornar um novo estado de Roraima”, completou , referindo-se ao estado do norte brasileiro, fronteira com a Venezuela, que vive o caos, pela invasão em massa de refugiados venezuelanos.

No pandemônio das prévias, a voz mais equilibrada e indicadora de rumos não veio de governantes, militares ou políticos, mas do fabuloso artista da Argentina, reconhecido e aclamado também no Brasil: Ricardo Darin. Envolvido na divulgação de seu filme recente, “La Odisea de los Gilles”, o ator entrou de cara na política ao comentar, em uma entrevista, os fatos do domingo em seu país: “Os 15 pontos de diferença foram intensos e escandalosos. Mas a democracia é assim. O povo se expressa e é soberano. Aí é onde terminam todas as especulações dos que buscam interesses ou vivem de faturas. Tudo termina aí: no momento em que a gente vai e expressa seu voto”. Sem revelar em quem votou, ele conclui “em algum momento vamos ter que buscar um consenso, porque os países que vão adiante fazem isso”. Escutemos Darin, lá e cá.

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Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. E-mail: vitors.h@uol.com.br

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