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Por Coluna
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Lágrimas e suor ou leite e mel?

A encenação de um mundo falsificado pelo marketing eleitoral.

Por Gustavo Krause
Atualizado em 22 jul 2018, 14h00 - Publicado em 22 jul 2018, 14h00

A competição eleitoral é (ou deveria ser) embate de ideias e confronto de propostas programáticas de modo a disputar a preferência do eleitor.

Meu desejo é que assim seja. O cidadão brasileiro está exausto com o clima de intolerância, com o triste espetáculo de trocas de acusações e a encenação de um mundo falsificado pelo marketing eleitoral.

Então, com a palavra os candidatos que vão se mostrar a uma nação inteira mais que ressabiada, permeada por sentimentos que vão da apatia à revolta com a explícita indecência no trato da coisa pública.

O que dizer? O que apresentar ao distinto público como um enunciado crível do rumo estratégico de que carece a sociedade brasileira?

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Existem duas possibilidades. A primeira inspirada no valor da franqueza, do respeito à verdade. Não que espere, mas não custa recordar que o valor da franqueza imortalizou o discurso do Primeiro-Ministro Winston Churchill, proferido no parlamento inglês no dia 13 de maio de 1940, quando apresentou a moção de confiança ao governo que ia dirigir, enfrentar e vencer o imperialismo nazista: “Direi à Câmara o mesmo que disse aos que entraram para este governo: ‘Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor’”.

Repito, menos, menos. Espero que seja dito com seriedade que, sem suor e sacrifício, o futuro do Brasil estará irremediavelmente comprometido; que uma agenda reformista seja corajosamente assumida de modo a dar um rumo estratégico ao País; que o dilema entre dizer a verdade e perder votos não se transforme em mais um estelionato eleitoral.

A segunda possibilidade é a encarnação do profeta e líder religioso, Moisés, o libertador dos hebreus, nos aspirantes à Presidência da República que, sem a noção de limites, acenem para o “rebanho” com a chegada a Canaã, “a Terra Prometida onde jorra leite e mel”.

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A rigor, para os que duvidam da cínica façanha, basta prestar atenção à nossa história política e à demagogia populista que se apresenta, forte e ameaçadora, nas mais diferentes regiões do planeta.

De outra parte, não se deve perder de vista as promessas ensaiadas por pré-candidatos que, sob a forma eloquente de enunciados abstratos e genéricos, anunciam proezas a serem realizadas, mas que não respondem a uma questão fundamental: como?

E aí, contrariando a narrativa histórica, corremos o risco de sofrer, como vítimas, o retorno do Mar Vermelho ao leito natural.

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Gustavo Krause é ex-ministro da Fazenda do governo Itamar Franco  

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