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Por Coluna
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“In Fux We Trust” (por Maria Helena RR de Sousa)

“Harmonia entre Poderes não se confunde com subserviência”

Por Maria Helena RR de Sousa
Atualizado em 18 nov 2020, 19h58 - Publicado em 12 set 2020, 11h00

Foi com as mesmas palavras usadas numa mensagem que enviou ao ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, que Sergio Moro saudou ontem, em seu Twitter, a posse de Luiz Fux na presidência do STF. Entusiasmado com o belo discurso no qual Fux defendeu os pontos que acha fundamentais no exercício do cargo que ocupa a partir de agora, Independência do Judiciário; respeito aos outros Poderes em matéria econômica e política; rigor na defesa de direitos fundamentais; combate à corrupção, Moro encerrou sua mensagem desejando muito sucesso à gestão de Fux.

Foi uma festa diferente das anteriores em respeito à organização do plenário, respeitosa da postura exigida no combate à pandemia do Covid-19 e também pelo clima tenso que foi criado a partir das palavras do vice decano, ministro Marco Aurélio, que não fez nenhuma referência ao presidente da Casa, Dias Toffoli, que ali entregava sua cadeira ao ministro Luiz Fux. Talvez tenha sido essa a primeira vez em que o presidente que saía não tenha recebido um elogio, mesmo que pequenino…

Já o discurso do presidente que tomava posse naquele momento, emocionou a todos. Fux chorou ao lembrar do pai que já morreu e foi muito aplaudido por seus pares.

“Harmonia entre Poderes não se confunde com subserviência” foi, na opinião de muitos, a grande marca de suas palavras. Fux comprometeu-se com uma “intervenção minimalista” em assuntos sensíveis. “Menos é mais”, enfatizou. Repetiu o truísmo da necessária independência entre Poderes, mas acrescentou: “Com altivez…”.

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O momento de seu discurso que despertou maior entusiasmo foi quando, numa defesa enfática do combate à corrupção, Fux citou a Lava Jato mais de uma vez, exaltando seus muitos resultados.

Sentado ao lado do presidente que saia e usando máscara porque todos, ali, também usavam, Bolsonaro não foi alvo de tratamento especial, nem de rapapés. Ouviu do ministro Marco Aurélio Mello que deve governar para todos os brasileiros, posto que é presidente do Brasil. Ouviu também críticas indiretas de outros ministros. Alexandre de Moraes lembrou as ameaças que o STF recebeu de grupos da extrema direita apoiadores do governo Bolsonaro, ameaças que o governo federal assistiu calado.

O que me leva a crer que o presidente e ex-capitão Jair Bolsonaro sentirá muita falta da gestão de Dias Toffoli…

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Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa é professora e tradutora, escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005.

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