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Generais com fraca memória são testemunhas sem serventia

Pode ser, não recordo, se disse não ouvi...

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 18h56 - Publicado em 13 Maio 2020, 10h00

Generais sem memória, esses que cercam como ministros o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. E que por mais que o critiquem sob a garantia de que não serão identificados, só o adulam em público para provar o quanto são leais a ele. A lealdade ao chefe é uma virtude assaz louvada entre os fardados, noves fora a hipocrisia.

Ouvidos como testemunhas no inquérito que apura se Bolsonaro tentou de fato intervir politicamente na Polícia Federal como denunciou o ex-juiz Sérgio Moro, os ministros Braga Neto (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete da Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria do Governo) foram leais ao capitão.

Há dias que eles vinham sendo treinados para responder às perguntas e para não derrapar em qualquer coisa que pudesse sequer incriminar vagamente Bolsonaro. Viram e reviram muitas vezes o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. Limaram divergências. Combinaram em detalhes o que cada um diria.

Aparentemente, saíram-se bem. Contaram também com a boa vontade dos inquisidores. Em mais de uma ocasião, valeram-se da desculpa de que não se recordavam disso ou daquilo. Talvez tenha sido assim, talvez não. Pode ser, mas não posso assegurar. Não, isso eu não ouvi direito. Ouvi, mas não sei o que ele quis dizer.

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Braga Neto disse que não saberia informar a razão pela qual o presidente nomeou o delegado Alexandre Ramagem para diretor-geral da Polícia Federal. Disse que nunca ouviu Bolsonaro mencionar a possível troca do superintendente da PF no Rio. Não, nem antes, nem durante a reunião ministerial, nem depois.

Deve ter sido surpreendido com tudo isso, apesar de ser hoje o braço direito do presidente e de despachar com ele pelo menos meia dúzia de vezes por dia. Ramos não se lembrou de episódios da reunião. Disse só ter visto uma pequena parte do vídeo. Foi o mais vago deles, embora o mais paciente e à vontade.

Os três foram paraquedistas em seus tempos de caserna, assim como Bolsonaro. Ramos é o único que não passou para a reserva. Espera voltar um dia à ativa. Se Bolsonaro o premiar com o comando do Exército, lhe será eternamente grato e obediente.

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