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Memórias do blog

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 28 mar 2018, 12h00 - Publicado em 28 mar 2018, 12h00

Texto do dia 28/03/2016

Se não conseguir abortar o desembarque do PMDB do governo marcado para amanhã, restará a Dilma oferecer os cargos que ficarão vagos a deputados e senadores dispostos a votar contra o impeachment.

Um dos alvos preferenciais de Dilma é o PR do ex-deputado Valdemar Costa Neto, o mensaleiro em prisão domiciliar que jura controlar 40 votos. Dilma precisa de 172 votos na Câmara para ficar no cargo.

Costa Neto é um velho conhecido da presidente. Para garantir o apoio do PR, Dilma já demitiu um ministro de quem gostava e deu a Costa Neto o ministério que ele queria.

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Na época, Costa Neto despachava na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele joga duro e cobra caro. Em 2002, por exemplo, cobrou ao PT R$ 6 milhões pelo apoio do seu então partido, o PL, à eleição de Lula. Levou.

O PMDB tem sete ministérios e, no mínimo, 600 cargos no governo. Dilma não poderá dispor de todos eles porque ainda imagina que contará com a ajuda de uma fatia do PMDB na votação do pedido de impeachment.

O fisiologismo puro, descarado, assumido, é a última esperança dela para não ser derrubada. O impeachment entrou no modo arrastão e parece difícil barrá-lo.

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Ninguém em torno da presidente acredita que ela completará seu mandato. Ninguém. Nem Lula acredita.

No começo, o governo tratou o impeachment como uma espécie de terceiro turno desejado pela oposição. Depois, como uma chantagem do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ultimamente, como algo que interessa, sobretudo, ao juiz Sérgio Moro e à sua turma.

Não o reconhece como uma exigência de quase 70% dos brasileiros que desaprovam o desempenho de Dilma e a culpam pelo mar de lama escavado pela Lava-Jato.

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A tentativa do governo de desqualificar o impeachment chamando-o de golpe vem sendo repelida por ministros do Supremo Tribunal Federal. O impeachment ganhou o aval da Ordem dos Advogados do Brasil.

O medo costuma ser indutor de soluções. Banqueiros e empresários estão com medo da crise e da falta de iniciativa do governo para superá-la.

Partidos receiam ser varridos do mapa nas eleições de 2018. Os encrencados na Lava-Jato sentem-se desprotegidos e anseiam por um governo que os proteja. E os brasileiros simplesmente temem dias piores.

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Salvo o imprevisível, há três cenários possíveis para a superação do impasse em que se encontra o país – e nenhum deles configura golpe contra a democracia.

O primeiro: o impeachment de Dilma pelo Congresso. O segundo: a impugnação da chapa Dilma-Temer se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatar ações que ali tramitam. O terceiro: a permanência de Dilma na presidência.

A aprovação do impeachment depende do voto favorável de 342 deputados de um total de 513, da aceitação pelo Senado do pedido de impeachment e, mais tarde, dos votos de metade mais um dos 81 senadores. Todo esse caminho ou só parte dele deverá ser percorrido até maio.

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A impugnação da chapa pelo TSE ficará provavelmente para 2017. Se acontecer, o Congresso elegerá um novo presidente.

Dilma perdeu a chance de sair mediante a realização, este ano, de uma eleição presidencial. Foi aconselhada por amigos a propor isso ao Congresso. Descartou por arrogância e erro de cálculo.

Uma eventual renúncia só serviria para apressar a posse de Temer. Ao completar 50 anos, o PMDB está perto de governar de fato. Dará certo? Bem, o que está aí deu errado.

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