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Por Coluna
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Estrada do Sol, quem sabe!

Psicanálise da Vida Cotidiana

Por Carlos de Almeida Vieira
Atualizado em 30 jul 2020, 19h18 - Publicado em 20 nov 2019, 13h00

Senhor, queira acolher a minha inquietação.

Os olhos castanhos, arredondados  de um jovem,

Estraçalhados por uma bala perdida,

A juventude findava naquela hora.

 

Que Deuses são estes que lançam chamas de destruição!

Que razões negaram a Dádiva Divina!

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Mesmo feridos, mortos, assaltados, somos

Responsáveis por nossas vidas.

 

Foi-se o tempo das rosas vermelhas e dos sorrisos

De humanidade dos mortais!

Foi-se o tempo de homens inteiros,

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Agora é época de inumanos, de ódio esfacelador.

 

As cantigas de ninar passadas , são vazias no presente.

A generosidade, a compaixão, hoje escassa

Perfuram de tiros, balas, estupros, assaltos, corrupção

(perdoar a violência inviável)

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Senhor, por que exigisse a sua imagem e semelhança?

Talvez não fosse esse desígnio monstruoso que animalizou o homem?

Ouvi o canto de Dostoiévski quando travestido de Diabo pede:

Fazei-nos humanos, reconhecei-nos humanos!

(a face animal pode aprender a ausência de onipotência)

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Espíritos sem amor e paz

Perambulam por inveja, competitividade e vingança.

O ódio tomou conta das avenidas e calçadas

A dor se transformou no meio de matar, de assassinar

(Não existe mais, capacidade de tolerância)

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Senhor, dai-nos confrontos criativos

Substituição de polaridades destrutivas.

Daí-nos esperança em ter esperança.

Daí-nos condições de resgatar o amor genital, dialógico.

 

 

Senhor queremos acreditar em “algo além”.

Além da morte que a desfez…

Poder mais uma vez juntos

Caminhar livremente sob o Sol”.

(Assim cantou o poeta Primo Levi)

 

Carlos de Almeida Vieira é alagoano, residente em Brasília desde 1972. Médico, psicanalista, escritor, clarinetista amador, membro da Sociedade de Psicanálise de Brasília, Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e da International Psychoanalytical Association  

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