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Por Coluna
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Entre tragédias, a vida segue

Carente da proteção mínima do Estado

Por Gustavo Krause
Atualizado em 30 jul 2020, 19h52 - Publicado em 24 mar 2019, 13h00

Mariana não serviu como lição. As feridas abertas por Brumadinho sangram. Os sonhos dos jovens atletas do Flamengo foram carbonizados. Um sofrimento sem fim. Em comum, os episódios revelam o jeitinho das gambiarras, a face mais visível de cultura da imprevidência.

Na manhã da terça-feira, 13 de março, a notícia em tempo real mostrou o massacre da Escola Raul Brasil, na cidade de Suzano, SP. O espaço destinado à formação de crianças e jovens transformou-se no cemitério de esperanças. Os autores da funesta obra portavam arma de fogo, machadinhas, arco e flecha, um arsenal que revela a evolução da “arte” de matar.

Veio à minha lembrança a ocorrência de quatro crimes da mesma natureza, made in Brazil, entre 1999 e 2018, país que, em 2016, registrou a marca inacreditável de mais de 63 mil homicídios. Em comum, os episódios revelam as marcas profundas da cultura da violência.

Entre tragédias, a vida segue. E segue, carente da proteção mínima do Estado e sob a ameaça real de um padrão de comportamento que atenta contra o inestimável valor da existência humana. Perplexas, as pessoas se perguntam: por que?

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De fato, não há respostas simples para um problema de raízes tão profundas e com efeitos tão perversos. Embora importantes, as políticas públicas de combate à violência não se esgotam no efetivo e frontal combate à delinquência: é fundamental uma convergência entre agentes públicos e privados na restauração e na consolidação de uma cultura de paz.

Neste sentido, a família e a escola são o berço da cultura de paz; sua dinâmica social é movida pelo respeito ao outro e pela convivência com as diferenças; e o espaço político da cultura da paz é a democracia que assegura a liberdade e a igualdade de todos perante a lei.

Por sua vez, palavras, gestos e símbolos constituem a expressão da cultura da paz. A pomba branca, mãos entrelaçadas e um singelo bom dia se bastam. No entanto, com as palavras, todo cuidado é pouco. Quando se trata da retórica política, as palavras têm poder de unir e separar, de acalmar os espíritos ou de incitar os demônios do conflito. Para realizar o bem coletivo, os chefes de estado têm o dever de explicar e a responsabilidade de convencer os governados.

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Na sintaxe da cultura da paz, convém lembrar, enquanto os muros agridem, as pontes aproximam pessoas e nações.

 

Gustavo Krause é ex-ministro da Fazenda 

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