Nada poderia ter sido melhor para o governador Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, do que o ataque que lhe fez o presidente Jair Bolsonaro na última sexta-feira.
Bolsonaro mandou que o chefe da Casa Civil da Presidência da República boicotasse Dino, apontado por ele como o pior governador dos “paraíbas”.
Aspirante a candidato a presidente da República em 2022, em busca de visibilidade no plano nacional, Dino comemorou a ajuda que involuntariamente Bolsonaro lhe deu.
Está sabendo aproveitá-la nas redes sociais e fora delas. Sem perder a elegância, mas sem recusar-se ao confronto, Dino bateu duro em Bolsonaro, acusando-o de “projeto de ditador”.
Se fala grosso para o público externo, está sabendo falar com moderação para ouvidos mais sensíveis. Já conversou até com seu eterno rival no Maranhão, o ex-presidente José Sarney.
Parece ter aprendido com os mais antigos que dificilmente é bem-sucedido o candidato a presidente que não consegue unir as forças do seu estado em torno do seu nome.
Ciro Gomes (PDT), no ano passado, uniu o Ceará, mas não adiantou.