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De namoradinha do Brasil a primeira-dama da Cultura

Bolsonaro seduziu Regina, e não o contrário

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 19h11 - Publicado em 30 jan 2020, 09h00

Questões de fé não se discutem. Cada um tem o direito de acreditar no que quiser e deve ser respeitado por isso – ponto final.

A atriz Regina Duarte já acreditou que Fidel Castro, o ditador cubano, foi um grande estadista – e na época, ninguém a contrariou.

Confessou que Lula lhe causava medo quando apoiou em 2002 a candidatura a presidente de José Serra (PSDB).

No ano passado, por declarar-se conservadora, votou em Jair Bolsonaro para presidente. Ele lhe inspirava confiança, como disse.

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Natural que tenha aceitado o convite dele para namorar, noivar e proximamente casar, como anunciou, ontem, o presidente.

Tanto mais porque, para ela, comandar a Secretaria de Cultura é uma missão divina. “Recebi um chamado”, ela comentou com seus filhos.

São três filhos: a atriz Gabriela Duarte Franco, o produtor André Duarte Franco e o cineasta João Ricardo Duarte Gomez.

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De alguma forma, os três se sacrificarão pela mãe. Imagine se um deles se beneficiasse de incentivos concedidos pela Secretaria de Cultura.

Nem pensar. E a mãe, antes de assumir o cargo, ainda terá de pagar mais de 300 mil que deve ao Fundo Nacional de Cultura.

Uma das empresas de Regina teve suas contas rejeitadas pelo Fundo. Ela entrou com recurso. E o recurso ainda não foi julgado.

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Ficará esquisito que ela passe a chefiar os funcionários encarregados de decidir se ela deve o que deve, deve menos ou nada deve.

Os desafios que Regina tem pela frente são gigantescos. Ela herdará uma Secretaria à míngua de recursos, de servidores e de um norte.

A não ser que esqueça o que já disse sobre Cultura e liberdade de criação artística, ela acabará trombando com o próprio Bolsonaro.

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Ele antecipou que deu carta branca a Regina para montar sua equipe. Se foi como a carta que deu a Sérgio Moro, de pouco servirá.

Bolsonaro vetou a escolha feita por Moro de uma socióloga para ocupar um cargo não remunerado em um Conselho Penitenciário.

A socióloga era de esquerda, segundo Bolsonaro e seus caça-fantasmas. Em vão, Moro garantiu que ela não era.

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“Dou carta branca aos meus ministros, mas a última palavra é minha”, Bolsonaro já repetiu muitas vezes. E está certo.

As reformas do Estado só não andam porque Bolsonaro, o liberal inventado por Paulo Guedes, não deixa.

Parte dos artistas e dos intelectuais do país deposita esperanças na capacidade de sedução da ex-namoradinha do Brasil.

Parece não se darem conta de que foi Bolsonaro, em 2028, que seduziu a maioria dos brasileiros e foi festejado como “O Mito”. E ainda é.

Por ora, o certo é reconhecer que Bolsonaro seduziu Regina e não o contrário. Ele é quem tem mais a ganhar com a união.

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