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CUT na ilegalidade

A direita radical agradece

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 20h09 - Publicado em 20 nov 2018, 07h00

Ninguém teria prestado atenção se não fosse um vídeo de sucesso nas redes sociais gravado há uma semana durante ato de apoio a Lula em Curitiba. Vagner Freitas, o ensandecido presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), disse que sua entidade e filiados não reconhecem Jair Bolsonaro como presidente eleito. O que ele alega?

Bolsonaro foi eleito com menos de 30% do povo brasileiro. Mancomunado com Moro, com a mídia, mudaram (sic) o resultado da eleição. Todos sabem que Lula seria eleito em 1º turno e por isso está preso”, argumentou Freitas de maneira tosca, mas perfeitamente adequada à sua formação. Para concluir:

– Logo, fique muito claro que nós não reconhecemos o senhor Bolsonaro como presidente da República. Vamos às ruas defender os direitos dos trabalhadores e a democracia, vamos libertar Lula, fazer caravanas pelo Brasil inteiro e colocar os fascistas no lugar deles.

Fernando Haddad, o candidato derrotado do PT à presidência da República, demorou 48 horas para reconhecer a vitória de Bolsonaro, mas o fez. A comissão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA), convidada pelo governo brasileiro a acompanhar as eleições, declarou que elas foram limpas e justas. Mas se depender de Freitas…

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Nada se parece mais com um radical de direita do que um radical de esquerda. É legítimo supor que Freitas não entenda isso, nem mesmo saiba o que é esquerda. De fascismo, claramente não entende. Ou não chamaria de fascistas os que elegeram Bolsonaro. Entre eles haverá fascistas. Mas o Brasil não tem 58 milhões de fascistas. Nem 10% disso.

Freitas é o “dono” de um exército de militantes que Lula convocou para ocupar as ruas contra o impeachment de Dilma. O tal exército não atendeu ao chamado. Se atendeu, revelou-se uma fraude de tão pequeno que era, de tão inútil para alcançar seus objetivos. Quer se goste ou não, Bolsonaro será o presidente do Brasil pelos próximos quatro anos. Ponto final.

Ao dizer o que disse, Freitas se põe na ilegalidade e ameaça arrastar para a ilegalidade a central que preside. Tão perverso ou pior: robustece o discurso da direita radical que só na ditadura subiu a rampa do Palácio do Planalto, e que se assanha na tentativa de subi-la mais uma vez.

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