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Cindy Blackman e o Blues da Quarentena (por Flávio de Mattos)

Música

Por Flavio de Mattos
Atualizado em 30 jul 2020, 18h49 - Publicado em 10 jul 2020, 14h00

Cindy Blackman era uma garotinha de sete quando viu, pela primeira vez, uma bateria. Ela estava na casa de um amiguinho e viu o instrumento em um canto do salão. Pediu para tocar e logo conseguiu articular pequenas frases rítmicas. Descobriu ali que aquele era seu talento. Cindy Blackman é hoje uma das mais destacadas bateristas de jazz e rock do momento.

Nascida em Yellow Springs, Ohio, em 1959, Blackman começou a estudar música no conservatório local. O interesse pelo jazz surgiu aos 13 anos, ouvindo o baterista Max Roach. E se consolidou ao participar de uma oficina do legendário baterista Tony Willians, em sua cidade.

No fim do curso secundário, Cindy Blackman mudou-se para Boston e ingressou no Berklee College of Music. Ficou pouco tempo naquela academia de jazz. Mudou-se para Nova York, em 1982, para tentar a vida profissional. Começou tocando e cantando pela ruas e estações do metrô da cidade.

Cindy Blackman conta que esse foi um período de grande aprendizado. Ela procurou assistir os shows de todos os grandes bateristas do jazz, como Art Blakey, Elvin Jones, Philly Joe Jones, Ed Blackwell, entre outros. “Toda essa gente estava em Nova York e eu tive a chance de vê-los tocando e absorver o estilo de cada um deles”, explica Blackman.

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O primeiro álbum de Cindy Blackman como líder, Arcane (1988) contou logo com as participações de Wallace Roney, no trompete; Kenny Garrett, sax alto; e Joe Henderson no sax tenor. Apesar de seu talento, Blackman encontrou resistência para ser reconhecida como baterista, no mundo do jazz, por tocar um instrumento predominantemente masculino.

“Eu sou uma mulher negra, então me deparei com preconceito racial e com preconceito de gênero. E tive ainda que enfrentar o preconceito contra minhas opiniões musicais. O que eu resolvi fazer foi ignorar tudo e seguir fazendo as coisas do meu jeito”, relata Cindy Blackman.

Em paralelo ao jazz, Cindy Blackman tem uma profunda relação com o rock e o blues. De 1994 a 2004 ela fez parte da banda do guitarrista Lenny Kravitz. Depois, em 2010, voltou ao rock na banda do guitarrista mexicano Carlos Santana. A integração entre os dois foi tão grande que virou uma paixão. Santana a pediu em casamento no meio de um show, ao fim do solo da bateria.

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A baterista assina hoje como Cindy Blackman Santana. Em sua carreira solo, destacam-se os álbuns In The Now (1998), com o tema Prince of Darkness;  Someday (2001), que tem o clássico Someday my prince will come; e Music For The New Millenium (2013), com sua homenagem ao saxofonista Wayne Shorter  For Wayne (Shorter that is).

Nesses tempos de quarentena, vemos o lado cantora de Cindy Blackman Santana. Da casa do casal, no Havaí, ela gravou com Carlos Santana e John McLaughlin The Quarantine Blues. A gravação visa arrecadar fundos para ajudar os músicos parados pela pandemia do Covid-19.

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