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Por Coluna
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Brasas e cinzas (por Gustavo Krause)

Bandeiras de companha jogadas ao fogo

Por Gustavo Krause
Atualizado em 30 jul 2020, 18h50 - Publicado em 5 jul 2020, 11h00

Do São João brasiliense, ficou a saborosa saudade dos arraiais promovidos pelo talento culinário de Socorro e do insuperável anfitrião Zé Jorge (Deputado, Senador, Ministro).

Eles importavam a encenação cultural nordestina com a estética, a culinária, e a musicalidade singularíssima para uma plateia suprapartidária e encantada com a beleza e animação da festa junina.

Como a pandemia aprisionou as pessoas e apagou as fogueiras em homenagem ao santo, sonhei com Brasília e, antes que o bafo das fogueiras políticas me alcançasse, entrei na casa de Zé Jorge. Salvo. Mas acordei pensando nas brasas e nas cinzas que marcaram o período do junino da política nacional.

Sobraram brasas e cinzas. O fogo brando parecia esperar a confirmação escatológica das labaredas do fim do mundo. Sabidamente, há dias, o Presidente da República recolheu-se em silêncio obsequioso. A refeição matinal entre os apoiadores – o café com sal – foi suspensa. Um surto de bom senso? A conversão do imutável Bolsonaro? O tempo dirá.

Algumas brasas, no entanto, permanecem vivas: os problemas atingem o círculo familiar e a “banda ideológica” do governo que nada mais são do que um punhado de escolhidos a quem foram reveladas verdades incontestáveis.

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A maior, a mais desafiadora das brasas, é vencer a pandemia e recuperar a economia mergulhada em recessão.

E as cinzas? Não queimam, mas cegam. A mais tóxica foi a deixada pela insanidade do Ministro que deveria cuidar do que há de mais estratégico para uma nação: a educação de qualidade. Além do tempo perdido, a sucessão foi uma lambança e, há quem diga que Decotelli fez mais do que o antecessor: atestou que o governo Bolsonaro não é racista.

Outra montanha de cinza foi o resultado das bandeiras de companha jogadas ao fogo: combate a corrupção, irmã gêmea da o toma lá dá cá; e o abraço com o esperto centrão.

Por sua vez, ao se dissipar a espessa nuvem de fumaça “apareceu a margarida” (com crédito para ‘Roupa nova”), Fabrício Queiroz, o gestor da “rachadinha” e o Anjo, Frederik Wassef, advogado, roteirista e ator de filmes de ficção, o benfeitor que deu casa, comida e carinho a Fabrício Queiroz.

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É preciso cuidado com esta história de “Anjo”: existe para algumas religiões, o bom, belo e virtuoso Lúcifer (aquele que leva a luz, etimologia latina) que quis tomar o lugar do Divino. Foi amaldiçoado. Virou o diabo. Agora existem dois que tanto podem ser bom, mau, anjo ou demônio.

 

Gustavo Krause foi ministro da Fazenda

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