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Bom senso, senhores (por José Paulo Cavalcanti Filho)

Todos deveriam contribuir para controlar a pandemia. A começar pelo Presidente

Por José Paulo Cavalcanti Filho
Atualizado em 30 jul 2020, 19h01 - Publicado em 10 abr 2020, 13h00

Esse vírus mudou nossas vidas. E o mundo inteiro. “O inferno tem suas leis”, dizia Goethe (Fausto). O historiador português António Araújo (Visão) sugere que, diferente de outras guerras, nessa “o inimigo é oculto, dentro de nós”. Como a sugerir que, de alguma forma, todos somos culpados. E precisamos estar juntos. O caso de Israel é exemplar. O Likud, de Netanyahu, apesar de ter feito maior número de cadevliiras, 58 cadeiras, não conseguiu maioria. Todos os demais partidos indicaram Benjamin Gantz, do Kachol ve Lavan, para Primeiro Ministro. Só que, por conta da crise, acabaram se acertando. Netanyahu permaneceu no cargo. E, no próximo ano, assume Gantz – que, até lá, preside o Knesset (Parlamento). Em grandes crises, os egos passam a ser secundários.

No Brasil, todos deveriam contribuir. A começar pelo Presidente. Ajudaria muito ficar calado. Sem dizer sandices. Desligasse o Twitter. Desse longas férias aos filhotes. E não fizesse tanta besteira (com o demite/não demite desta semana). Já governadores e prefeitos deveriam interromper, durante algum tempo, esse litígio pequeno, delirante e politicamente utilitário contra o Presidente, que vem desde antes da sua posse. O legislativo também contribuiria se adiasse a campanha golpista de Rodrigo Maia para Primeiro Ministro. E a grande mídia, sobretudo no Sul, deveria voltar a fazer jornalismo. O ministro Mandetta disse que os meios de comunicação andam “tóxicos”. Em alguns casos, “sórdidos”. Foi modesto, nos comentários. O momento é de apostar na convergência. Enquanto durar a crise. Apoiadores de Bolsonaro, por favor parem de se pautar só na reeleição. E opositores, esqueçam um pouco essa volúpia de tentar derrubar o presidente. Quando passar a tragédia, voltem a suas rotinas. Depois. Que o tempo, agora, é de união. Deveria ser.

Uma palavra final sobre os “panelaços”. Por haver, no revival do bater panelas, uma ironia. Melhor escolher outra forma de protestar. Essa, é quase um acinte. Posto que, findas as sinfonias latárias, voltam panelas amassadas para a cozinha dos apartamentos. Tantos de luxo.  Onde lhes esperam comida boa e farta. Enquanto milhares de outras panelas estão vazias, em casebres modestos. O dos que convivem com a fome. São essas panelas vazias que precisamos ouvir. Não com os ouvidos, mas na alma. Bem dentro de nós. Bom senso pois, senhores.

 

José Paulo Cavalcanti Filho. jp@jpc.com.br   

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