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Bolsonaro tem que despencar e Geraldo virar foguete. Dá tempo?

Terá a TV toda essa influência no cenário saturado das redes sociais?

Por Helena Chagas
Atualizado em 2 ago 2018, 14h00 - Publicado em 2 ago 2018, 14h00

Fora a polêmica entre os que preferem prestar mais atenção às perguntas dos entrevistadores do que às respostas dos entrevistados,  o que ficou da entrevista do candidato Jair Bolsonaro no Roda Viva desta semana foi uma espécie de caminho das pedras para seus adversários.

O candidato do PSL nada de braçada no terreno das barbaridades sobre direitos humanos, regime militar, tortura, sistema de quotas, homofobia, porte de armas, etc – temática que faz parte da “persona” revoltada com a política, com tudo e com todos que construiu e com a qual chegou aos 20% nas pesquisas. Mas se desintegra quando é levado a falar sobre assuntos de governo como saúde, educação, ciência e tecnologia e até economia.

Ficou claro no Roda Viva que Bolsonaro não consegue formular respostas convincentes sobre um assunto fundamental como o aumento da mortalidade infantil, por exemplo. Na mesma fragilidade, admitiu que, se algum dia seu guru econômico Paulo Guedes lhe faltar, ficará num beco sem saída, pois não entende do assunto e não tem alternativa.

Mais ainda, Bolsonaro chegou a dizer que, assim como Guedes é seu “Posto Ipiranga” na economia, tem vários outros “Ipirangas” na saúde, na educação, etc. É questão de tempo ver um dos adversários interpelá-lo – como fez Marina Silva no twitter – com a sugestão de que o Posto Ipiranga, sim, é que seja candidato.

Pronto, festejam os adversários, especialmente os aliados de Geraldo Alckmin, que só estará no segundo turno se tirar Bolsonaro de lá: já temos a fórmula para derrubar o candidato do PSL. Basta mostrar, nos dois meses que vêm pela frente, todo o seu despreparo para lidar com os problemas nacionais. Haverá uma profusão de oportunidades para isso. Será?

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A pergunta que não quer calar hoje é se há tempo para desconstruir Bolsonaro em 60 dias. Turbinado por um trabalho competente nas redes sociais, ele vem se construindo e ganhando espaços há pelo menos dois anos. Salvo um acidente de percurso, como um grande escândalo de efeito fulminante, dificilmente sua candidatura despencará na necessária velocidade até 7 de outubro. Da mesma forma, Alckmin terá que virar um foguete.

Difícil missão, embora a campanha de fato só esteja começando agora, e Bolsonaro tenha apenas 8 segundos frente a quase 5 minutos do tucano na propaganda da televisão. Mas aí vem a outra pergunta crucial: terá a TV toda essa influência no cenário saturado da Internet/redes sociais?

A própria entrevista fornece algumas pistas. Bolsonaro rendeu a segunda maior audiência do Roda Viva no ano: 2,8 pontos no Ibope, quarto lugar no ranking da TV aberta, o que corresponde a quase 500 mil espectadores na grande São Paulo. Já a visualização da mesma entrevista no YouTube chegou a 1,6 milhão em 24 horas, ultrapassando a de Ciro Gomes, 1,3 milhão, a mais assistida até então. No Twitter, a entrevista bateu recorde mundial nos “trending topics”.

Bolsonaro não tem TV, mas tem um exército fiel na Internet e está estabilizado num patamar de 20%. Alckmin não chega à metade disso, mas tem o maior tempo na TV. Façam suas apostas.

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