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Bolsonaro ri à toa, mas quem sorrirá por último é o Centrão

Rodrigo Maia está à procura de um novo partido

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 1 fev 2021, 09h49 - Publicado em 1 fev 2021, 08h00

De cabeça quente depois que seu partido, o DEM, desembarcou ontem à noite da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) à presidência da Câmara, o deputado Rodrigo Maia confidenciou a amigos que, hoje, poderá abrir um processo de impeachment contra Bolsonaro e que, em breve, mudará de partido.

Mais de 60 pedidos de impeachment repousam numa das gavetas da presidência da Câmara comandada nos últimos quatro anos por Maia. Se não aceitou nenhum até aqui, dificilmente o fará em suas últimas horas na função que lhe será arrebatada pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), o candidato de Bolsonaro.

Quanto a trocar de partido para tentar se reeleger deputado no próximo ano, Maia poderá fazê-lo, mas só de cabeça fria. A raiva é má conselheira. Para que partido se mudaria? O PSDB do governador de São Paulo João Doria deverá, nesta manhã, seguir o exemplo do DEM, abandonando Maia e Rossi às traças.

O PDT de Ciro Gomes? Maia e Ciro se dão bem. Mas Maia é muito sensível à opinião de banqueiros e de empresários. E, pelo menos por ora, Ciro ainda não tem a confiança deles. O MDB de Rossi e do ex-presidente Michel Temer o acolheria com satisfação. Maia ganhou estatura e não a perderá só porque será derrotado hoje.

No momento, Bolsonaro está rindo à toa, mas é o Centrão que sorrirá por último. Para quem usou o Centrão como saco de pancadas na campanha em que se elegeu presidente da República, render-se ao adversário do passado lhe custará caro. O apetite dos partidos que formam o Centrão costuma ser insaciável.

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O que Bolsonaro já gastou até agora para tê-lo ao seu lado não é nada se comparado com o que ainda gastará. Negócios são negócios. Nada de pessoal explica a adesão do Centrão a Bolsonaro. Nada de pessoal garantirá a aliança dos dois. Money, money, de preferência em dinheiro vivo ou em cargos no governo.

Mesmo hostilizado por presidentes empenhados, de início, em preservar a própria imagem, o Centrão nunca se abespinhou. É do jogo. E ele joga muito bem. Finge-se de morto, se necessário. Desperta quando os presidentes começam a enfrentar dificuldades. Aproxima-se deles de mansinho e, de repente, dá o bote.

Os presidentes não são pegos de surpresa. Acabam precisando do Centrão para aprovar no Congresso o que lhes interessa. E é para isso que ele serve – à direita ou à esquerda. Se Bolsonaro chegar a 2022 com chances de se reeleger, o Centrão – ou parte dele – o apoiará. Do contrário, apoiará quem lhe pagar melhor.

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