A dar-se crédito ao presidente Jair Bolsonaro, são poucas suas sugestões acolhidas pelo ministro Paulo Guedes, da Economia. Foi o que ele disse em vídeo gravado dentro de um carro, na Índia.
“Economia e política têm que andar de mãos dadas”, repetiu Bolsonaro a velha mantra. Para acrescentar, sorrindo, que “algumas poucas” [sugestões] que faz a Guedes “ele acolhe”.
Isso não o impediu, da Índia mesmo, de vetar a mais nova ideia de Guedes – de criar o “imposto do pecado”, um tributo a incidir sobre bebidas e alimentos que possam fazer mal às pessoas.
A preocupação de Bolsonaro é com o preço da cerveja, bebida popular, que assim subiria, e muito. Mais adiante, como tantas vezes já aconteceu, Guedes poderá convencê-lo a recuar do veto.
O brasileiro está acostumado a ouvir Bolsonaro dizer uma coisa e, amanhã, o seu oposto. Não estranhará. No início do governo, ele ainda tentou se meter na área de Guedes, mas foi contido.
Guedes e Bolsonaro encontraram um modo de conviver relativamente bem. Bolsonaro e Sérgio Moro parecem condenados a conviver às turras.