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Por Coluna
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Bolsonaro e a caça ao tesouro

Quem se habilita a dar abrigo a um presidente e aos seus filhos?

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 19h22 - Publicado em 19 out 2019, 07h00

Onde já se viu um presidente da República recém-eleito brigar com o partido pelo qual se elegeu e não encontrar abrigo em nenhum outro de médio ou de grande porte?

Onde? Aqui, no país que o compositor Tom Jobim disse que não é para principiantes. Exagero ou apenas uma tirada espirituosa do autor de “Garota de Ipanema”?

Não é o que parece.

Depois de filiar-se e desfiliar-se de oito partidos em 28 anos como deputado federal, o ex-capitão Jair Bolsonaro, afastado do Exército por conduta antiética, ingressou no PSL em janeiro de 2018.

Havia rejeitado o convite de outros partidos nanicos porque eles não cederam a todas às suas exigências de mando. Alguns até se dispuseram a mudar de nome, mas isso não bastava.

Fez um bom negócio com Luciano Bivar, à época ex-deputado federal e antes candidato derrotado a presidente da República. Bivar cedeu-lhe o PSL sem impor maiores restrições.

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O PSL era um partido de um único deputado federal. Bolsonaro crescia nas pesquisas de intenção de voto. E Bivar queria pegar carona na sua candidatura para voltar à Câmara.

O acerto de conveniência dos dois superou as expectativas de Bivar. O PSL elegeu 54 deputados. Mais tarde perderia um – Alexandre Frota (SP), que se mudou para o PSDB. Não faria falta.

Mas Bolsonaro precisava de um partido para chamar de seu, um partido disposto a curvar-se às suas ordens, e que contasse com muita grana para ele gastar ao seu gosto nos próximos anos.

Aí Bivar disse não. Chega! Bolsonaro jamais imaginou que isso poderia acontecer. E que se acontecesse, ele se tornasse alvo dos mais duros ataques de sua trajetória política.

Atenção! Que partido quer Bolsonaro e seus filhos para chamá-los de seus?

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Esse é o nó da questão. Rejeitado até que o PSL finalmente o aceitou, Bolsonaro está sendo rejeitado mais uma vez, e logo às vésperas das eleições municipais que empolgarão o país em 2020.

A lógica indica que ele acabará sendo acolhido por alguma sigla de aluguel, mas e o dinheiro? A grana? A gaita? O tutu? O vil metal? O dindin? O cascaio? Os caraminguás? Os borós? A bufunfa?

Isso é o que importa e sempre importou para Bolsonaro e qualquer político que não quer despregar do poder. E que para ser forte e aumentar o número de aliados não pode passar sem a erva.

Se não gastou do próprio bolso para se eleger, nem por isso saiu de graça a eleição de Bolsonaro no ano passado. Muitos gastaram por ele e, um dia, essa história será mais bem contada.

Está chegando a hora de ele gastar pelos outros – daí sua caça ao tesouro do PSL ou a outro tesouro tão gordo quanto. Ocorre que a companhia dos Bolsonaros é certeza de encrenca. Ou não é? Daí…

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