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Antonio Adolfo, do pop ao jazz bem brasileiro

MÚSICA

Por Flávio de Mattos
11 Maio 2018, 16h01

O pianista Antonio Adolfo, com 71 anos, é um músico que se reinventa constantemente. Começou a estudar piano ainda pequeno e, aos 16, inicia a carreira profissional já com dois empregos, ao mesmo tempo. O seu Trio 3-D tocava primeiro no musical Pobre Menina Rica, de Carlos Lyra e Vinícius de Morais, e logo depois seguia para acompanhar de Leny Andrade, no Beco da Garrafas, na noites de 1963.

No final dos anos 60, Antonio Adolfo inicia a parceria com o letrista Tibério Gaspar, que redeu à dupla inúmeros sucessos. O Brasil inteiro cantou Sá Marina com Wilson Simonal, em 1968. Teletema, com Regininha, foi tema da novela Véu de Noiva, na Rede Globo, em 1969. E, em 1970, a dupla ganhou o V Festival Internacional da Canção com a música BR-3, defendida por Tony Tornado e o Trio Ternura.

Antonio Adolfo e seu grupo A Brazuca estavam no auge do sucesso, quando o músico resolveu deixar o Brasil, para ir estudar piano no Exterior. Foi primeiro para os Estados Unidos e logo se fixou na Europa. Em Paris, foi aluno da maestrina Nadia Boulanger, que também deu aula para Quincy Jones, Daniel Barenboim, Astor Piazzolla, para citar alguns.

De volta ao País, em 1975, Antonio Adolfo passou a atuar como arranjador e músico de estúdio. Participou das gravações dos principais intérpretes da música brasileira. Ao mesmo tempo, seguia escrevendo suas composições, dedicando-se mais ao trabalho instrumental. Contudo, mesmo estando dentro das gravadoras, nenhuma delas se interessava por suas propostas.

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Foi quando Antonio Adolfo se reinventou outra vez. Decidiu que faria o seu disco, assumindo o completo controle de todas as etapas. Reuniu os amigos no estúdio e gravaram o álbum Feito em Casa (1977), dando início à chamada produção independente no Brasil. Criou o selo Artezanal e vendia seus discos nos shows que fazia pelo País.

Antonio Adolfo até hoje mantém o controle total de sua produção musical. Seus álbuns mais recentes têm recebido merecidos elogios da crítica internacional. Neles, o músico mistura o jazz com a riqueza dos ritmos brasileiros. Os discos Rio Choro Jazz... (2014), O Piano de Antonio Adolfo (2014), Tema (2015), Tropical Infinito (2016) e Hybrido/From Rio to Wayne Shorter (2017) foram todos indicados ao Grammy Latino.

Em Hybrido, Antonio Adolfo faz uma leitura bem brasileira da obra de Wayne Shorter. Beauty and the Beast e Black Nile, nos arranjos de Adolfo, parecem já terem sido escritas como sambas. Primorosas são também as abordagens de Antonio Adolfo para Footprints e Speak no Evil, dois dos clássicos mais conhecidos de Shorter.

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No vídeo a seguir temos Antonio Adolfo e seu grupo interpretando sua composição Cascavel. O tema foi gravado originalmente no álbum Viralata (1979) e aparece em nova versão em Tropical Infinito (2016). Você pode escutar um pouco mais da obra de Antonio Adolfo no programa Improviso desta sexta feira (11/05), às 23 horas, em senado.leg.br./radio .

 

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