Acende o sinal vermelho em Brasília com o avanço do Covid-19
Aproxima-se o pico da primeira onda
Foi no que deu o ato de rendição de Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal, às pressões do presidente Jair Bolsonaro, de empresários e de comerciantes para que relaxasse as medidas de isolamento social. Desde a reabertura dos shoppings e de outros negócios não considerados essenciais, os casos de Covid-19 aumentaram cinco vezes.
Rocha descarta o fechamento total das atividades, mas autoridades da área médica e do próprio governo asseguram que isso poderá acontecer. “Neste final de semana, [a meta] é não deixar ninguém morrer no corredor sem respirador”, alertou Lucas Seixas, médico cirurgião-geral do Hospital de Base, o maior de Brasília.
O Conselho Regional de Medicina confirma que a situação no Distrito Federal atingiu seu ponto crítico com a ocupação da quase totalidade de leitos das UTIs com doentes de coronavírus. Seixas aconselhou Rocha a decretar lockdown a partir desta terça-feira e até o próximo dia 14 quando se dará o pico da pandemia.
O número confirmado de doentes no Distrito Federal é de quase 43 mil. O de mortos ultrapassou a casa de 530. Nos hospitais públicos há filas de doentes à espera de respiradores. Na unidade da Asa Norte do Hospital Santa Lúcia não há mais leitos de UTIs disponíveis. Na unidade da Asa Sul, poucos.
O secretário-adjunto da Saúde disse que conta com a união da população para evitar o restabelecimento de medidas severas de isolamento. Em Belo Horizonte, enquanto isso… Parte da população lotou, ontem, o comércio depois que o prefeito anunciou que mandará fechar tudo que não seja essencial.