Antes de ser operado mais uma vez, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que iria a Nova Iorque “nem que seja de cadeira de rodas” para falar no próximo dia 24 em nome do Brasil na abertura de mais uma Assembleia Geral da ONU.
Na semana passada, depois de uma visita relâmpago a Bolsonaro no hospital, o general Hamilton Mourão Filho, no exercício da presidência da República, assegurou que o capitão estaria em perfeitas condições para viajar.
Não é bem assim. Segundo os médicos que cuidam dele, embora sua recuperação seja boa, Bolsonaro só será liberado para viajar em cima da hora. Eles não querem que o presidente corra risco algum. A viagem para Bolsonaro não é questão de vida ou morte.
Ele sabe que enfrentará um clima hostil na Assembleia depois que atacou o presidente francês e sua mulher e se desentendeu com outros presidentes europeus por conta da Amazônia. Teme uma retirada em massa de diplomatas durante seu discurso.
De resto, militantes da questão ambiental estão nos cascos para recepcioná-lo com faixas, cartazes e muito barulho. Só com a saúde tinindo ele enfrentará o que lhe aguarda.