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Por Vilma Gryzinski
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Vacina dos ricos e vacina dos pobres: diferença enorme de preço

A da Pfizer é das mais caras e a logística é um pesadelo; mas existe a possibilidade de coexistência de imunizantes para não perder tempo

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 12 nov 2020, 09h38 - Publicado em 12 nov 2020, 08h26

A euforia provocada pelo anúncio dos bons resultados da vacina da parceria entre a Pfizer, multinacional americana, e a BioNTech, alemã, ainda não passou.

Mas os problemas já estão sendo anotados.

A vacina da Pfizer é cara, do tipo que parece destinado a países ricos: 39 dólares por duas doses, preço baseado na compra antecipada feita pelo governo americano.

A logística é de “enorme complexidade”, na avaliação realista de Matt Hancock, o sempre ansioso ministro da Saúde.

A BNT162b2 usa uma tecnologia nova e precisa ser mantida a 78 graus abaixo de zero, o que complica enormemente a imunização em massa exigida pelo novo vírus.

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Também não pode ser tirada mais de quatro vezes da temperatura baixíssima, “na viagem desde a linha de produção até o braço dos pacientes”.

A Pfizer disse que já desenvolveu uma logística especial, com a distribuição de tambores nos quais a vacina chega diretamente nos pontos onde será aplicada, sem necessidade de grandes espaços intermediários.

Sem dizer isso claramente, pois seria um risco altíssimo, o governo britânico parece estar apostando na prata da casa, a vacina desenvolvida em conjunto por Oxford e a AstraZeneca.

A vantagem da ChAdOx1 é o preço – 2,60 dólares a dose – e a maior facilidade de armazenagem. A temperatura demandada é de 2 a 8 graus.

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O preço é compatível como previsto para países médios ou pobres.

O resultados dos testes de coronavírus serão anunciados na próxima semana, mas já foi antecipado que a vacina de Oxford provoca uma resposta imune em pessoas acima dos 55 anos. Ainda não há dados sobre o efeito da vacina da Pfizer entre pessoas mais idosas, justamente as mais afetadas pela Covid-19.

Também é possível as duas vacinas, ou até mais, coexistam.

A maioria dos países mais ricos já reservou a vacina da Pfizer antes dos resultados dos testes e, obviamente, não vai desperdiçar o imunizante mesmo que haja concorrentes mais baratos.

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A União Europeia encomendou 200 milhões de doses, com opção de mais 100 milhões; Japão, 120 milhões; Estados Unidos, 100 milhões, com opção de mais 500 milhões; Reino Unido, 40 milhões.

A BioNTech também está trabalhando com uma farmacêutica chinesa, o grupo Shangai Fosun.

Ao todo, a capacidade prevista da Pfizer é de 1,3 bilhões de doses no próximo ano.

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O Reino Unido já está convocando médicos aposentados, estudantes de medicina, veterinários e fisioterapeutas para a tarefa hercúlea de vacinar o país inteiro, começando já em dezembro com os idosos residentes em clínicas de repouso e os funcionários dessas instituições (1,1 milhão de pessoas).

Em seguida na lista estão os cinco milhões de idosos acima dos 80 anos e trabalhadores do sistema de saúde e de assistência social.

Todos os grupos dessa fase A deverão estar vacinados até o fim do ano.

Nos cinco primeiros meses de 2021, está prevista a vacinação dos grupos de risco, entre alto e moderado, e das pessoas nas faixas etárias dos 75 aos 55 anos.

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Para garantir que os países pobres não fiquem escanteados na corrida da vacinação, a Unicef criou o programa Covax e o Banco Mundial tem um orçamento de 12 bilhões em empréstimos para bancar a compra e a distribuição de imunizantes em escala global.

“A cooperação é essencial nesse desfaio global. Nunca sequer se falou que a vacina deveria ser acessível somente para a China, a Alemanha ou os Estados Unidos”, disse o dono da BioNTech, Ugur Sahin, oncologista alemão de origem turca.

Todos os custos empalidecem diante do estrago causado pela epidemia até agora, um massacre calculado em 11 trilhões de dólares, só em gastos diretos para segurar a devastação em termos econômicos e sanitários.

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