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Um índio desce de uma estrela e faz jornal inglês ver a luz

Por causa da delação sobre Belo Monte, Guardian finalmente acredita na corrupção

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 5 dez 2016, 11h22 - Publicado em 9 abr 2016, 20h50

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Só mesmo um milagre de transposição de verbas de obras públicas para contas em offshores fez o simpático The Guardian finalmente admitir com todas as letras que a corruptocracia deitou e rolou como bem entendeu no Brasil.

O jornal inglês sempre foi cheio de dedos, quando não de informações erradas, na cobertura da crise no país, mas quando nós, das “comunidades indígenas e da floresta amazônica”, entramos no meio, a veia ambientalista falou mais forte do que o habitual esquerdismo ingênuo e deslumbrado.

Está certo que o jornal forçou um pouquinho os fatos ao dizer que “a atenção maior está na controvertida usina hidrelétrica” que foi promovida pela presidente, “apesar de anos de protestos de ambientalistas e defensores dos direitos humanos”. O importante foi que o Guardian admitiu “o grande escândalo de corrupção no Brasil”. Já é um avanço.

Reconheça-se que vários correspondentes estrangeiros pelo menos se esforçam para manter algum vaso comunicante com a realidade, ao contrário de colaboradores brasileiros. Um deles, no mesmo Guardian, argumentou que “um dos erros frequentes é deduzir a partir de pesquisas que os protestos representam a maioria dos brasileiros”. Protestos contra o governo, claro.

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Na verdade, continua, existe “uma nova maioria silenciosa na política brasileira: não é a favor do governo nem ativamente contra ele”. O colaborador registra, honestamente, que 68% dos brasileiros apóiam o impeachment e apenas 10% têm opinião favorável sobre a presidente.

Onde estava, portanto, o editor que não perguntou a ele em que lugar do país se encontra essa fugidia maioria silenciosa? Tomando caipirinha ao sol é que não é, pois faz um frio danado na primavera londrina.

Duas exceções no panorama não muito entusiasmante da cobertura na imprensa estrangeira. Primeiro, a Bloomberg. O site tem um ângulo econômico e, por isso, realista da crise. Segundo, as reportagens de Claire Gatinois no Le Monde.

Sem o viés habitual do jornal, ela usa palavras objetivas, um alívio na rebuscada imprensa francesa, ainda ofuscada pelo ex-presidente, futuro sabe-se lá o quê. É um alívio ler, em francês, que a proposta nomeação dele para a Casa Civil foi vista por “parte dos brasileiros como tentativa de fuga, ou até confissão de culpa.

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Só para atualizar alguns temas aqui abordados anteriormente. O New York Times ainda não respondeu se submete a checagem de dados artigos de opinião como o que falava de um cachorro inexistente atacado por anti-governistas imaginários.

Ainda aguardam por resposta perguntas dirigidas ao Sunday Times sobre um artigo de seu correspondente em Nova York que citava uma opinião de um escritório de advocacia em Londres, sem mencionar que havia sido contratado pela defesa de um conhecido presidiário.

Por fim, um elogio à correspondente canadense Stephanie Nolen, do Globe and Mail . Congratulações por ter tantos leitores espertos e inteligentes. A admiração e o respeito dessa coluna pelo Canadá aumentam a cada minuto.

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