Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Mundialista Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Vilma Gryzinski
Se está no mapa, é interessante. Notícias comentadas sobre países, povos e personagens que interessam a participantes curiosos da comunidade global. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Recado de Trump: caros falsos amigos, fonte de dólares secou

Ajuda suspensa ao Paquistão e ameaça de corte à Autoridade Palestina são sinais da nova era da impaciência estratégica. A questão é se vai funcionar

Por Vilma Gryzinski
Atualizado em 7 jan 2018, 12h34 - Publicado em 7 jan 2018, 12h31

Países podem não ter amigos, mas existe um limite para o preço a pagar por seus interesses? Como em muitos outros aspectos, Donald Trump está aí para testar limites.

Na terça-feira, enquanto o livro-bomba sobre ele estava a horas de ser divulgado, Trump bombardeou pelo Twitter: “Não é apenas ao Paquistão que pagamos bilhões de dólares a troco de nada, mas também a outros países, e mais outros. Por exemplo, pagamos aos palestinos centenas de milhões de dólares por ano e não recebemos apreciação nem respeito”.

Além do uso do verbo pagar, tão inimaginável na diplomacia quanto seria de se esperar de Trump, chama a atenção a relação de causa e efeito manifestada sem a anestesia habitual do palavrório enfeitado. Quem paga, exige; quem recebe, retribui.

E não deu outra. Na quinta-feira, foi suspensa a ajuda militar – um termo menos direto – de 1,3 bilhão de dólares por ano ao Paquistão.

O sono não deve ter ficado mais tranquilo em vários lugares importantes de Ramallah, a cidade onde funciona a Autoridade Palestina, o governo dos territórios ocupados por Israel na região das Cisjordânia.

Continua após a publicidade

Quem vê manifestações infinitas de palestinos queimando retratos de presidentes americanos, provavelmente não se dá conta que os Estados Unidos bancam o governo autônomo, criado com o acordo de paz de 1994, a polícia e os próprios palestinos que têm o status de refugiados.

Além de ser bonzinhos, os Estados Unidos têm interesse em manter a viabilidade, a estabilidade e a moderação (comparativa, o parâmetro é Gaza, onde o Hamas domina) do governo palestino, pensando no presente e num futuro Estado independente.

Claro que, com a onisciência de seus métodos de espionagem, os americanos sabem de tudo. A corrupção, os desvios e o duplo discurso da AP e de seu octogenário líder, Mahmoud Abbas, um para o consumo interno e outro para o externo.

Continua após a publicidade

Sabem também que as ongs através das quais chega a ajuda humanitárias campos de refugiados são explicitamente antiamericanas – na Cisjordânia, no Líbano e na Síria, onde, acreditem, os americanos bancam a parte do leão.

Sem contar os 343 milhões de dólares – metade de toda a ajuda externa recebida pela AP – da bolsa-terrorista, as pensões pagas às famílias dos mártires, como são chamados aqueles que matam israelenses judeus (além de alguns drusos) e são mortos por eles.

Nos últimos 23 anos, foram 5,2 bilhões de dólares – uma ninharia se abrisse caminho a um acordo de paz definitivo. Como Abbas quis falar grosso depois que o governo americano reconheceu Jerusalém como capital de Israel e fechar a via da negociação, mesmo que empacada hé muitos anos, Trump disse que vai pagar para ver.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.