Marido tarado ataca novamente e constrange chefe da mulher, Hillary
Sai outra foto repugnante de Anthony Wiener, casado com principal assessora da candidata democrata
Como tantas mulheres bem sucedidas profissionalmente, Hillary Clinton não dá sorte com os homens. E não estamos falando do marido dela, Bill, acalmado pela idade, as pontes de safena, a dieta vegana, a perspectiva de retornar à Casa Branca, triangulações mais cuidadosas ou uma combinação disso tudo.
O marido encrencado, de novo, é Anthony Wiener, casado com Huma Abedin, a assessora mais próxima e também mais complicada, embora por motivos diferentes, de Hillary Clinton.
Wiener é viciado em sexting, aquelas mensagens explícitas por celular. Pego em flagrante pela enésima vez, ele se superou na lama. Numa das fotos que trocou com uma bonitona louca para espalhar a história, ele aparece em trajes menores e posições maiores ao lado do filhinho, na cama.
Também pela enésima vez, o tabloide New York Post deu o caso na capa, fazendo outro trocadilho. Por causa da imigração alemã, os americanos da Costa Leste chamam salsicha de wiener e não é preciso nem explicar como o marido exibicionista de Huma ajuda nas manchetes de duplo sentido.
Hilariantes para os leitores e humilhantes para a mulher, afundada até a raiz de seus longos cabelos negros na arrancada da campanha presidencial da chefe. Ela o perdoou quando foi flagrado pela primeira vez e teve que renunciar ao mandato de deputado. Também relevou da segunda, quando tentava a ressurreição política como pré-candidato a prefeito de Nova York. É difícil imaginar que o canalha se livre pela terceira vez, quando colocou o filho no meio de suas safadezas.
Em termos genéricos de realpolitik, Huma poderia até se beneficiar no papel de esposa humilhada por um marido que escancara as infidelidades, reais ou virtuais – Hillary é o ápice desse tipo de reação.
Mas no caso de Huma, quanto menos ela aparecer, melhor seria. Ela está implicada em todos as encrencas que prejudicam a imagem de Hillary, desde os e-mails ilicitamente abrigados num servidor particular quando ela era secretária de Estado até o trânsito suspeito de altos contribuintes da pilantrópica Fundação Clinton no seu gabinete de chefe da diplomacia americana.
Vista de fora, Huma é um exemplo de integração de mulher muçulmana à vida americana. É moderna e tão chique que parece ter um stylist particular. Subiu na carreira a ponto de se tornar a mais importante assessora da provável futura presidente e se casou com um judeu.
Por dentro, a vida de Huma é uma complicação só. Ela nasceu nos Estados Unidos, mas foi criada na Arábia Saudita pelos pais, muçulmanos da Índia e do Paquistão. A mãe dela editava um jornal voltado a “assuntos da minoria muçulmana”, com o nome de Huma no expediente e artigos defendendo as mais obscurantistas posições religiosas, em especial no que se refere a submissão da mulher.
Há anos circulam teorias conspiracionistas sobre Huma Abedin. A mais persistente é que foi “plantada” pela Irmandade Muçulmana.Numa eleição em que Hillary Clinton concorre com Donald Trump, um conspiracionista nato, as histórias sobre Huma estão fervilhando como nunca. A última de Anthony Wiener não ajuda em nada a dupla Huma-Hillary. Ironicamente, pode ser que, ao final, o homem que mais está empurrando Hillary Clinton para a presidência se chame Donald Trump.