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Mais pânico em Washington: e se Trump desarmar baby Kim?

Antitrumpistas ficam mais apavorados ainda depois da surpresa de abril, com anúncio de que diretor da CIA foi à Coreia do Norte para negociar acordo de paz

Por Vilma Gryzinski 18 abr 2018, 18h52

Não está fácil a vida do New York Times, do Washington Post e de toda a grande legião de inimigos honrados de Donald Trump (os desonrados não se preocupam com coerência).

Depois de passarem mais de um ano dizendo tudo o que estava de errado com a tática de Trump para a Coreia do Norte (provocativa, belicista, absurda, suicida etc etc), agora precisam achar um jeito de explicar tudo o que está errado com o Tomahawk diplomático que pegou todo mundo de surpresa.

A viagem secreta de Mike Pompeo, diretor da CIA indicado como próximo secretário de Estado, para negociar um acordo com Kim Jong-un, a ser ratificado, se tudo der certo, num encontro entre o pequeno ditador e o presidente, é de demolir argumentos.

Será que Trump vai provar que o botão dele é maior do que o de baby Kim?

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Será que a mistura de pressão bélica, ameaças gritantes, xingamentos ululantes e promessas por enquanto não reveladas conseguirá o que tantos presidentes dele fracassaram em alcançar?

Será que os adversários reconhecerão algum mérito nessas jogadas?

Será que Donald Trump vai ganhar o Nobel da Paz?

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A resposta para as duas primeiras perguntas é talvez. Para as duas últimas, não e não.

Mas não deixa de ser interessante ver como os formidáveis veículos da grande imprensa, justo agora que estavam vendo seus furos de reportagem realizar o sonho do impeachment (o que, claro, não está eliminado), reagiram à abertura para negociações.

O venerando Times pôs em manchete: “Missão secreta de Pompeo à Coreia do Norte mostra confiança de Trump em espiões em lugar de diplomatas”.

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Primeiro, Pompeo não é “espião” no sentido de funcionário de carreira da CIA. Era deputado e foi nomeado por Trump para chefiar a agência de inteligência, um cargo político que na maioria das vezes é confiado a um “civil”.

Excepcionalmente, a CIA é dirigida por homens de dentro de suas fileiras. E, agora, por uma mulher, Gina Haspel (é mentira que tenha chefiado uma prisão paralela nada CIA na Tailândia quando o terrorista Abu Zubeidah foi submetido afogamento simulado e reidratação retal).

Antes de ser deputado, da linha do Tea Party, Pompeo foi militar de carreira (primeiro lugar em West Point), depois advogado (Harvard) e empresário do ramo de peças para aviação e indústria aeroespacial.

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O Post também fez severas advertências: “O potencial negativo de uma reunião face a face envolvendo o presidente dos Estados Unidos – especialmente um tão imprevisível e inexperiente em diplomacia como Donald Trump – é muito real”.

Qual seria a opção? Deixar baby Kim continuar com seu programa bélico nuclear até chegar a um ponto de não retorno?

Da mesma forma como o bombardeio punitivo à Síria por uso de armas químicas foi dado primeiro como impossível, depois como ineficaz, a má vontade em relação à potencialmente espetacular desnuclearização da Coreia do Norte é fruto apenas da antipatia política por Trump.

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Pelo menos, os adversários políticos mais respeitáveis de Trump não fazem apelos ao “mundo árabe” em prol da intervenção nos Estados Unidos.

Pelo menos, entendem a diversidade do “mundo árabe”, incluindo regimes variados, embora nenhum democrático, além de muçulmanos sunitas, xiitas e outras correntes minoritárias do Islã; cristãos de um grande espectro de denominações; e simpatizantes de um arco político que vai do fundamentalismo extremo ao comunismo. Sem contar as minorias étnicas.

Mas, como são americanos, não ligam para o fato de que o Brasil é praticamente dominado por políticos como Michel Temer, Paulo Maluf, Gilberto Kassab, Fernando Haddad, Jandira Feghali etc etc.

Embora só aumente o pânico com a possibilidade de que Donald Trump consiga simultaneamente melhorar a economia, deter os ataques químicos na Síria e dar um sorvetinho de prêmio de consolação ao baby Kim.

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