Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Mundialista Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Vilma Gryzinski
Se está no mapa, é interessante. Notícias comentadas sobre países, povos e personagens que interessam a participantes curiosos da comunidade global. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Largada final: todos, incluindo Wall Street e Twitter, contra Trump

Faltando dezoito dias para a eleição, o establishment, mais uma vez, faz de tudo para derrotar o candidato que já está em desvantagem

Por Vilma Gryzinski 16 out 2020, 07h43

A melhor definição dada sobre a situação periclitante de Donald Trump foi dada pelo analista eleitoral Karl Rove através de uma analogia com o pôquer: se em 2016 ele precisava de uma sequência, e incrivelmente conseguiu, agora só se salvaria com um royal straight flush, a jogada mais alta e mais difícil.

Pelas pesquisas, com 11, 12 ou mais pontos de desvantagem, Trump já está acabado.

Para não correr o risco de 2016, a sequência, ou seja, uma reprise da eleição que já estava no papo de Hillary Clinton se não fossem os fatos, elementos poderosos estão alinhados para não dar moleza a Trump.

O exemplo mais comentado no momento é o do Twitter.

Desde que estourou a história dos e-mails indicando uma relação incestuosa entre Hunter Biden e ucranianos cheios de grana, interessados em ser apresentados a papai, na época vice-presidente, o Twitter foi censurando todas as pontas.

Primeiro, o New York Post, onde saiu o furo passado por Rudy Giuliani. Depois, a conta da porta-voz de Trump, Kayleigh McEnany, por retuitar a reportagem, e por fim a do próprio Donald Trump.

Bloquear o presidente dos Estados Unidos talvez seja algo exagerado.

Desculpa: as informações tinham sido hackeadas. Ridículo. Se informações obtidas ilicitamente fosse bloqueadas, muito pouco do muito que foi revelado sobre Trump – às vezes com distorções ou manipulações – teria vindo à tona.

Continua após a publicidade

Resultado: provocou mais interesse na reportagem do Post, como acontece com tudo o que é censurado.

A comissão de justiça do Senado, onde os republicanos são maioria – pelo menos até 3 de novembro – convocou Jack Dorsey, o poderoso do Twitter, para prestar depoimento. 

Pareceu um pouco desesperado. Com pesquisas negativas, tudo parece desesperado. 

Da mesma forma que as tentativas dos poucos veículos trumpistas de turbinar o conteúdo do computador de Hunter Biden – deixando numa loja de eletrônicos para conserto – , inclusive ressaltando as cenas de sexo com prostitutas e de uso de crack.

Continua após a publicidade

A coisa está desanimadora para os republicanos.

Menos Trump, claro, cada vez mais empolgado com as multidões que o aplaudem nos comícios e gritam “We love you”.

Em compensação, a turma do dinheiro pesado está mais para o espírito dos haters. Amor mesmo, é por Biden.

Quanto maior a vantagem dele, menor a chance de um resultado indefinido que poderia ser resolvido na justiça, criando o clima mais detestado pelos mercados: o da incerteza.

Continua após a publicidade

Segundo especialistas em investimentos, o primeiro e único debate fez pender mais a balança para o lado de Biden.

O candidato não foi nada brilhante. Mas simplesmente não fazer besteira já foi uma vantagem. A tática de interrupções usada por Trump deu errado e aumentou a diferença nas preferências por Biden.

Da mesma forma, os debates separados de ontem, com os candidatos entrevistados por profissionais e pessoas comuns, cimentaram a impressão já formada: Biden desfruta de uma “chatice encantadora”, na opinião de um de seus fãs, enquanto Trump, muito mais patrulhado, continua a comprar briga.

Com o quadro mais claro, ou pelo menos parecendo assim, está chovendo dinheiro na horta de Biden. Todo mundo que conta quer ficar do lado do vencedor. 

Continua após a publicidade

Em setembro, a campanha dele arrecadou estonteantes 383 milhões de dólares, muito mais do que os 210 milhões de Trump em agosto, o mês da última notificação.

Com tudo contra e precisando, segundo Karl Rove, da cartada máxima – o equivalente eleitoral uma sequência de 10 ao ás, do mesmo naipe -, Trump aproxima-se da eleição, mais uma vez, com a derrota garantida.

E dessa vez parece para valer.

Exceto, como sempre, pelo imponderável.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.