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Por Vilma Gryzinski
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Funciona! As comprovações práticas de que as vacinas são efetivas

No teste da vida real, Israel e Reino Unido, os países com calendário mais adiantado, estão colhendo os resultados positivos da vacinação

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 22 fev 2021, 10h11 - Publicado em 22 fev 2021, 08h11

Já sabíamos pelos resultados dos testes feitos com milhares de voluntários, mas ter a comprovação do funcionamento em larga escala das vacinas do Covid-19 traz um grande alento para o mundo inteiro.

Os números anunciados em Israel e no Reino Unido são simplesmente grandiosos e precedem a reabertura de atividades paralisadas durante a pandemia, nem sempre tão tranquila ou rápida como se desejaria, mas mesmo assim inspiradoras.

“A vacina reduz dramaticamente a doença grave e a morte e isso pode ser visto em nossas estatísticas de morbidade”, segundo as palavras do diretor-geral do Ministério da Saúde de Israel, Chezy Levy.

Dramaticamente não é um exagero. Uma única dose da vacina da Pfizer dá uma cobertura de 85%. Quando é administrada a dose de reforço, a eficácia é praticamente plena: previne a versão grave da doença em 99,2% dos casos. A prevenção de morte é na casa de 98,9%. 

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Uma vitória épica contra a doença.

Os números são baseados nas pessoas que receberam as duas doses 14 dias depois da segunda imunização, comparadas às não vacinadas.

“Podemos garantir claramente: a vacina previne a forma grave da doença nas pessoas acima de 70 anos”, disse Ran Balicer, epidemiologista que coordena o programa de planejamento do maior plano de saúde dos quatro existentes em Israel.

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Mais uma notícia boa.

“Pela primeira vez, comparamos o grupo de vacinados com um grupo de controle com características similares para ver se a vacina funciona conforme o manual”, disse Balicer.

Já foram vacinadas, com as duas doses, 4,2 milhões de pessoas em Israel. Com a primeira dose, são mais de 2,8 milhões, numa população de nove milhões. Os vacinadores estão “caçando” candidatos inclusive jovens que frequentam casas noturnas e pessoas que vão à praia e podem aproveitar para levar a picada salvadora.

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O “passe verde” que dá aos vacinados acesso a academias, hotéis, cinemas e museus pré-estreou ontem – com sistemas caídos -, mas esboça uma imagem do futuro muito próximo: algo bastante parecido com uma vida normal, embora várias precauções continuem a ser necessárias.

Uma delas: toque de recolher na quinta-feira, para evitar festas e aglomerações no Purim, feriado religioso que virou uma espécie de carnaval judaico.

Quando a próxima eleição chegar, em 23 de março, os mecanismos de reabertura deverão estar funcionando na totalidade. 

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A esperança de normalização – mesmo em ritmo mais lento e com as restrições inevitáveis – também é grande no Reino Unido. Boris Johnson anuncia hoje um cronograma previsivelmente cauteloso, pois o país está escaldado, mas muito melhor do que as previsões catastrofistas antecipavam.

Depois de muito sofrimento, o número de novos casos caiu para menos de 10 mil por dia. O de mortes chegou a 215, o mais baixo desde meados de dezembro. Em 20 de janeiro, tinha batido no triste recorde de 1 820.

Ao todo, 17,5 milhões de britânicos já receberam a primeira dose da vacina – um terço da população acima de 16 anos. O país europeu que chega mais perto disso, em números absolutos, é a Alemanha, com 4,7 milhões de vacinados  até agora.

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Previsão oficial: todos os adultos do Reino Unido estarão vacinados até o fim de julho.

O cronograma foi antecipado de setembro para julho por que os órgãos responsáveis foram rápidos em aprovar e conseguir as vacinas necessárias – ou até mais do que isso – e gerenciar os recursos necessários para administrá-las.

A população entrou com o braço. Embora o movimento antivacina tenha ressurgido na Inglaterra, com o médico que associou a vacina tríplice ao autismo, os britânicos estão entre os europeus menos arredios à imunização, com quase 71% da população predisposta a aceitá-la  (contra 59% na França), segundo uma pesquisa feita em dezembro.

À medida em que a eficácia das vacinas contra a Covid-19 vai se comprovando na prática, desaparece o assunto efeitos colaterais (fora alguns relatos de nocebo, o oposto do efeito placebo, em algumas áreas da Alemanha), diminuem as resistências. 

E aumenta a esperança de que o que era impossível há apenas alguns meses dobre-se ao poder da persistência humana.

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